McDonald's desmente lançamento de sanduíche com referência ao demônio

O McDonald's negou as informações que circularam nas redes sociais sobre o suposto lançamento de um sanduíche com referência ao demônio Baphomet e a distribuição de um boneco relacionado a essa figura pagã. A imagem que circula foi gerada por inteligência artificial e não possui qualquer relação com a rede de fast food.

As publicações no Facebook, X (antigo Twitter) e TikTok mostram uma embalagem supostamente do McDonald's, contendo o logotipo da empresa e a palavra "Baphomet", figura pagã associada ao satanismo. Acompanhando a embalagem, um boneco com cabeça de bode seria oferecido como brinde para as crianças nesta promoção.

Um dos posts afirma: "Na tendência do McDonald's está marcando a presença do Belzebu no hambúrguer, cuidado, igreja marcada para satanás do inferno. O mundo está sob influência do maligno. O diabo está sendo adorado por muitos nestes últimos dias." Outras publicações, com ironia, mencionam repetidamente: "Nova comida do McDonald's! Seus filhos vão adorar".

No entanto, essa imagem não é encontrada nos canais oficiais do McDonald's, como sites ou perfis na internet. A análise da imagem revela indícios de manipulação, como uma distorção na letra "M" do logo do McDonald's e na palavra "Baphomet". Além disso, uma das mãos do boneco também apresenta uma distorção, indicando a manipulação da foto.

Ferramentas de detecção de conteúdo gerado por IA confirmam essa suspeita. O Hive AI Detector, por exemplo, apontou uma chance de 100% de que a foto tenha sido feita através da tecnologia da inteligência artificial. A Content at Scale indicou 74% de chances, enquanto o Hugging Face apontou 80%. Uma busca reversa da imagem não foi capaz de identificar sua origem.

O McDonald's negou categoricamente essa informação falsa, afirmando que não houve nenhum lançamento do hambúrguer relacionado ao Baphomet e que as imagens divulgadas nas redes sociais são fraudulentas. O conteúdo é considerado uma fake news, segundo uma nota da empresa.

Essas publicações em redes sociais foram verificadas no Brasil pelo site Boatos e pelo UOL Confere, além de ser desmentida nos Estados Unidos pelo Snopes e na Geórgia pelo Myth Detector, serviços de checagem de fatos signatários da Rede Internacional de Checagem de Fatos (IFCN).