Moraes determina transferência de Collor para ala especial em prisão de Maceió

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O ex-presidente Fernando Collor teve sua transferência para a ala especial do Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em virtude de sua condição de ex-presidente da República, Collor ficará em regime fechado e terá uma cela individual no local. A medida foi tomada após audiência de custódia na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, onde o ex-presidente está detido.
Durante a audiência, Collor solicitou ficar preso em Maceió, recusando a transferência para Brasília. Já sua defesa pediu ao STF a concessão de prisão domiciliar com base em suas "comorbidades graves" e idade avançada, de 75 anos, citando problemas de saúde como Parkinson, apneia grave do sono e transtorno afetivo bipolar.
Alexandre de Moraes solicitou que a direção do presídio em Maceió informe se tem condições para tratar da saúde de Collor. Além disso, encaminhou o pedido de prisão domiciliar para análise da Procuradoria-Geral da República. Collor foi preso em Maceió na madrugada desta sexta-feira e cumpre pena de 8 anos e 10 meses por corrupção e lavagem de dinheiro, em processo derivado da Operação Lava Jato.
O ex-presidente passou por uma audiência de custódia na manhã desta sexta e aguarda a decisão de Moraes sobre os pedidos feitos pela sua defesa e sobre a possibilidade de permanecer detido em Alagoas. Em 2023, o STF o condenou por crimes de corrupção, mas descartou as acusações de peculato e obstrução de justiça. A propina recebida por Collor, segundo os ministros, foi de R$20 milhões, valor inferior aos R$26 milhões inicialmente apontados pela PGR.
Collor, na época da denúncia, era senador pelo PTB de Alagoas. Segundo a PGR, ele teria recebido propina de R$26 milhões entre 2010 e 2014 por intermediar contratos da BR Distribuidora, vinculada à Petrobras, favorecendo empresas em troca de "comissões". O político foi mencionado por delatores da Lava Jato e a compra de carros de luxo e obras de arte teria sido uma estratégia para lavar o dinheiro advindo da corrupção.


