Organizações humanitárias denunciam fome generalizada em Gaza

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Mais de 100 organizações humanitárias, como Save the Children, Oxfam e Médicos sem Fronteiras, emitiram um comunicado conjunto alertando para a dramática situação de fome que assola Gaza. O documento destaca a disseminação da "fome generalizada" na região, impactando não apenas adultos, mas também crianças. Trabalhadores humanitários relatam a terrível realidade enfrentada pelas famílias, com crianças desejando ir para o céu, onde acreditam que há comida disponível.
Segundo informações divulgadas na última terça-feira, as forças israelenses mataram mais de 1.000 palestinos que buscavam auxílio alimentar desde o início das operações da Fundação Humanitária de Gaza, em maio. A ONU e diversas agências humanitárias apontam que mais de dois milhões de pessoas enfrentam uma grave escassez de alimentos e produtos essenciais após 21 meses de ofensiva israelense. A população palestina encontra-se presa em uma realidade desoladora, aguardando ansiosamente por ajuda humanitária e um cessar-fogo que não se concretiza.
Organizações humanitárias destacam que as distribuições de ajuda em Gaza são limitadas, com apenas 28 caminhões por dia autorizados a entrar na região, quando seriam necessários ao menos 600 para suprir adequadamente a demanda da população de dois milhões de habitantes. Israel é acusado de negar o acesso a uma quantidade significativa de suprimentos e de não cumprir as promessas de aumentar a assistência humanitária de forma efetiva. O Cogat, órgão militar israelense responsável pela coordenação das entregas de ajuda, alega que suas ações estão em conformidade com o direito internacional, mas as denúncias de organizações humanitárias e da ONU questionam tais afirmações.
Recentemente, centenas de pessoas realizaram uma marcha em Tel Aviv protestando contra a fome em Gaza e pedindo um cessar-fogo imediato. Enquanto isso, o Ministério da Saúde em Gaza classifica o crescente número de mortes por categorias, contabilizando 33 pessoas, incluindo 12 crianças, que faleceram por desnutrição em apenas 48 horas. As cifras alarmantes revelam um total de 101 mortes por desnutrição, sendo 80 delas de crianças. O cenário caótico e desesperador em Gaza evidencia a urgência de uma intervenção humanitária eficaz para evitar maiores tragédias.
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