Piloto preso com 400 kg de cocaína em avião é absolvido pela Justiça

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Um piloto que havia sido preso por transportar cerca de 400 quilos de cocaína em seu avião, em Penápolis, no interior de São Paulo, foi absolvido da acusação de tráfico interestadual de drogas. A decisão foi proferida pelo juiz Luciano Silva, da 2ª Vara Federal de Araçatuba, que considerou ilegal a prova obtida durante a abordagem policial.
Segundo o magistrado, a simples presença da droga na aeronave não foi suficiente para justificar a busca forçada. Ele destacou que a abordagem deveria ter sido precedida de uma suspeita concreta e justificada, o que não ficou demonstrado no processo. Ainda de acordo com a decisão, a acusação não conseguiu comprovar a existência de indícios razoáveis que motivassem a ação dos policiais, apoiando-se exclusivamente no flagrante e apresentando provas de relevância mínima.
As testemunhas ouvidas em juízo relataram apenas o momento da apreensão, sem qualquer conhecimento sobre a origem da droga, o destino da carga ou as supostas investigações prévias que teriam motivado a operação. A sentença também criticou um relatório da Polícia Federal produzido após o flagrante, que, além de impreciso quanto a datas e horários, apresentava um tom mais descritivo e subjetivo do que técnico.
Com a absolvição, o piloto teve a prisão preventiva revogada e encontra-se atualmente em liberdade. A defesa comemorou a decisão, afirmando que ela reafirma a inocência do acusado e evidencia as falhas na condução da investigação, bem como a ilegalidade da prisão.
No entanto, a decisão judicial gerou forte repercussão negativa na opinião pública. Para muitos, o fato de um piloto flagrado com 400 quilos de cocaína ser absolvido levanta dúvidas sobre a eficácia do sistema de combate ao tráfico e a impunidade diante de crimes graves. A sensação de injustiça nas instituições foi amplamente expressa nas redes sociais, alimentando críticas sobre os critérios legais que, embora técnicos, muitas vezes conflitam com o senso comum de justiça.
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