Preocupação Ambiental: Mais de 650 pinguins são encontrados mortos no litoral de SP
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O Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC) registrou mais de 650 pinguins-de-magalhães encalhados na Ilha Comprida, litoral sul de São Paulo. Todos os animais foram encontrados mortos nesta semana e já em avançado estado de decomposição, levantando preocupações sobre as causas da mortalidade em massa.
Segundo o IPeC, não é possível identificar com precisão os motivos das mortes devido às condições dos corpos, mas fatores como esforço da migração, escassez de alimento, parasitoses, doenças infecciosas e interação com a pesca estão entre as hipóteses. A população local foi orientada a comunicar casos de animais marinhos debilitados em Cananéia, Iguape e Ilha Comprida.
Em julho, 47 pinguins juvenis encalharam na região, sendo 43 encontrados mortos. Outros quatro, resgatados com vida, foram levados para reabilitação em centros especializados. O aparecimento desses animais é comum entre junho e setembro, período de migração em busca de alimento e águas mais quentes.
Originários da Patagônia, no Chile e na Argentina, os pinguins-de-magalhães reproduzem-se entre outubro e novembro. Após cerca de três meses de cuidados, os filhotes partem para o mar, onde permanecem por até cinco anos antes de retornarem para o ciclo reprodutivo. Embora não estejam ameaçados de extinção, a espécie enfrenta riscos crescentes devido à poluição marinha, à sobrepesca e aos impactos das mudanças climáticas em suas rotas migratórias.
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