"Situação complicada": Ministro da Fazenda alerta parlamentares sobre consequências da possível revogação do aumento do IOF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se nesta quarta-feira (28) com os presidentes da Comissão de Orçamento, deputado Luiz Carlos Motta, e da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre, para discutir os motivos da elevação do IOF para operações de câmbio. Haddad explicou que a medida visa elevar a arrecadação e equilibrar as contas públicas, em conjunto com um congelamento de gastos públicos no valor de R$30 bilhões. O ministro ressaltou que, por enquanto, as decisões estão mantidas e detalhou as consequências de uma possível revogação.

Durante a reunião, Haddad afirmou que a arrecadação esperada com o aumento do IOF era de R$20,5 bilhões, mas o governo recuou em alguns pontos, como a tributação de fundos brasileiros que investem no exterior. Para compensar a perda, será resgatado R$1,4 bilhão de fundos públicos. O ministro destacou que, até o momento, não há planos de revogar a medida e que a discussão sobre a revogação está nas mãos do Congresso. Ele ressaltou a importância da continuidade da medida para o funcionamento adequado da máquina pública do Estado brasileiro.

Haddad também revelou que os presidentes Motta e Alcolumbre manifestaram preocupação com a possibilidade de a medida ser derrubada pelo Congresso. Além disso, eles solicitaram que o governo apresente medidas de médio e longo prazo para o Orçamento e o gasto primário. Ficou acordado que em dez dias o governo apresentará uma proposta nesse sentido para 2026. O ministro reiterou que não veio discutir a revogação da medida, mas sim as consequências caso ela seja derrubada pelo Congresso.

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