Por que Juliana Marins não podia ser cremada? Advogada explica demora da Justiça
Mais Novela

Na manhã desta sexta-feira, 4, aconteceu o velório da jovem Juliana Marins, que morreu no vulcão Rinjani na Indonésia. Segundo a família, eles precisaram desistir da cremação do corpo devido a uma ordem judicial, que exigia que a publicitária fosse sepultada para caso a perícia precise analisar os restos mortais futuramente. Em entrevista ao g1, o pai da fluminense, Manuel Marins, revelou que a Justiça liberou a cremação minutos antes do velório, mas já era tarde demais. Portanto, a família optou por manter o sepultamento.
Por que Juliana Marins não podia ser cremada?
Em entrevista ao Mais Novela, a advogada Dra. Silvana Campos explicou que casos como o de Juliana exigem perícias minunciosas. “As duas autopsias realizadas pós-morte foram divergentes. A família optou pelo sepultamento por motivos legais. Caso haja a necessidade de fazer um terceiro laudo, a exumação do corpo poderia ser realizada”, explicou.
Ou seja, dessa maneira, a família garante que o corpo da jovem de 26 anos ainda possa ser analisado para que a causa e o horário da morte sejam formalizados: “No caso de cremação, teria que serem aceitos os resultados dos laudos divergentes, mas sem a terceira contraprova”.
A certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta foi baseada na autópsia conduzida por médicos indonésios, mas não especificou o momento exato da morte de Juliana — um detalhe que gerou incômodo na família. Segundo o médico legista Ida Bagus Alit, a causa principal do falecimento foi uma fratura nas costas e no tórax.
O corpo da jovem chegou ao Brasil na última terça-feira, 1º de julho, pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e seguiu diretamente para o Rio de Janeiro. Inconformados, os familiares solicitaram à Defensoria Pública da União que pedisse uma nova autópsia em solo brasileiro, com o objetivo de confirmar oficialmente a causa da morte. O novo laudo deve ficar pronto em até sete dias.
