Agripina: quem foi a imperatriz assassina do Império Romano?

Mega Curioso






Quando o assunto é a antiguidade, costumamos nos lembrar mais dos nomes e feitos dos imperadores. No entanto, muitas mulheres tiveram um papel fundamental para que esses homens chegassem ao poder.
Nesse cenário, Agripina, a Jovem, ocupa o topo da lista das mulheres mais importantes da Roma Antiga, não apenas pela sua ligação com alguns líderes, mas pelo poder e influência que conquistou ao longo da vida.
Moeda com rosto de Agripina e seu filho, Nero. (Fonte: Inaburra Senior Library/ Reprodução)
Rumo ao topo
Agripina viveu entre 15 e 59 d.C. Era irmã de Gaio, também conhecido como Calígula. Ela viveu entre 15 e 59 d.C., sendo que chegou a se casar com o Imperador Cláudio (41 a 54 d.C.).
Agripina. (Fonte: Wikimedia/ Reprodução)
Em 39 d.C. foi condenada ao exílio após ter conspirado contra Calígula. Mas em 41 d.C. recebeu permissão para retornar ao centro do império romano.
O primeiro marido de Agripina foi Cneu Domício Ahenobarbo, era o pai de Nero, o imperador que decidiu colocar fogo em Roma. No segundo casamento se tornou a principal suspeita da morte do cônjuge.
Depois, casou-se com o imperador Cláudio , que também era seu tio. Conseguiu convencê-lo a adotar Nero como herdeiro do trono romano no lugar do filho de seu próprio sangue.
A influência da imperatriz
Por cinco anos, Agripina aproveitou bem a vida como imperatriz de Cláudio. Roma estava bem e com pouca violência. Além disso, os exércitos deixaram de tentar golpes de Estado. Até os famosos assassinatos dos senadores quase não ocorreram durante esses anos: apenas 4 foram executados pelo seu marido.
Agripina e Nero. (Fonte: Inaburra Senior Library/ Reprodução)
Parecia que Agripina e Cláudio teriam um reinado pacífico e muito promissor. Até estavam preparando Nero para herdar o poder. Mas, em outubro de 54 d.C. a imperatriz assassinou seu marido e declarou Nero imperador, que na época tinha 16 anos. Os motivos por trás do assassinato até hoje são obscuros, pois nada apontava para conspirações e traições.
Muitas fontes históricas pintam Agripina como uma verdadeira tirana de sangue frio. Uma mulher que fazia de tudo para manter sua influência no reinado.
A vida da imperatriz, durante seu casamento e após o assassinato de Cláudio, parece ter tido como objetivo principal garantir que seu filho ficasse vivo para poder governar. E que ela e sua prole mantivessem o trono imperial.
Os atos extremos de Agripina garantiram que Nero chegasse ao poder. Uma vez regente do filho, sua influência foi igualada a do imperador, o que fica evidente nas moedas e em frisos arquitetônicos da época, bem como em suas participações em decisões importantes.
A queda
A partir de 59 d.C. Nero começou a perder a paciência com sua mãe. Apaixonado por uma mulher chamada Poppaea, o imperador queria se casar, mas Agripina não gostou.
Agripina em seu navio. (Fonte: Parterre/ Reprodução)
Herdando a mania assassina da mãe, Nero tramou um acidente para matar sua genitora. Como ela era muito popular, mandou construir um barco especial que afundaria com ela para esconder o plano.
Mas Agripina sobreviveria à trama. Nero se desesperou ao saber que a mãe ainda vivia e mandou três homens para matá-la.
Morreu encarando seus assassinos com sua clássica frieza. Classificada como traidora, foi enterrada em uma sepultura sem identificação. Depois disso, Nero perdeu popularidade e seu reinado nunca se recuperou.
Além de uma assassina fria, Agripina era uma excelente governante. Por uma década supervisionou o domínio de Roma, chegando a participar de muitas decisões e sem medo de conspirar contra os imperadores. Conseguiu abrir as portas para uma nova dinastia. Ela aprendeu com os que vieram antes a como ter sucesso e garantiu que Nero fosse implacável. Não por acaso, é tida como a mulher mais poderosa da história romana .


