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Suspeito de trair Anne Frank é identificado após 77 anos
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Suspeito de trair Anne Frank é identificado após 77 anos

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Mega Curioso
18/01/2022 18h12
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Após uma nova série de investigações, o homem suspeito de trair Anne Frank e sua família e entregá-los para os nazistas foi identificado após 77 anos. A jovem judia famosa pelos seus diários morreu em um campo de concentração em 1945, com apenas 15 anos de idade e após passar 2 anos escondida.

Seus textos, publicados após a sua morte, tornaram-se os relatos em primeira mão mais famosos das agressões aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. O trabalho de perícia do caso foi feito por uma equipe de historiadores e outros especialistas, que passaram seis anos usando técnicas modernas de investigação para desvendar o caso.

Revelando o suspeito

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

De acordo com os pesquisadores, Arnold van den Bergh, uma figura judia que vivia em Amsterdã, provavelmente foi o responsável por entregar os Frank para os nazistas em uma tentativa de salvar sua própria família. O homem era um membro do Conselho Judaico da capital holandesa, um grupo de pessoas forçadas a implementar a política nazista em áreas judaicas das cidades.

Mesmo assim, o conselho foi dissolvido em 1943 e seus membros foram enviados para os campos de concentração. A investigação contou com algoritmos de computador para procurar conexões entre muitas pessoas diferentes naquela época, algo que levaria milhares de horas para ser feito pelos seres humanos.

Segundo o estudo, Van den Bergh, por sua vez, não foi mandado para o campo e permaneceu vivendo uma vida normal para a época. Também existia a suspeita de que um membro do Conselho Judaico esteve passando informações para os nazistas durante o tempo todo a respeito de refugiados e demais atividades.

Profundidade das investigações

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Em entrevista à CBS, o investigador e ex-agente do FBI Vince Pankoke falou mais sobre o caso. "Quando Van den Bergh perdeu toda a sua série de proteções isentando-o de ter que ir aos campos, ele teve que fornecer algo valioso aos nazistas com quem teve contato para que ele e sua esposa ficassem seguros naquele momento", comentou.

Apesar do fato de outro judeu ter entregue Anne Frank e sua família sempre ter dificultado as investigações, existem indícios de que Otto, pai da menina, já tinha ideia sobre o acontecido e preferiu manter a informação em segredo. Nos arquivos de um investigador anterior, eles encontraram uma cópia de uma nota anônima enviada a Otto Frank identificando Arnold van den Bergh como seu traidor.

Segundo Pankoke, é possível que o antissemitismo tenha sido responsável pela informação nunca ter sido divulgada. "Talvez Otto pensasse que o vazamento desses dados só jogaria mais lenha na fogueira", disse. Conforme foi averiguado pela imprensa holandesa, van den Bergh acabou falecendo em 1950. 

Em declaração oficial, a Casa de Anne Frank se disse impressionada com o trabalho dos investigadores. Seu diretor executivo, Ronald Leopold, acrescentou que a nova pesquisa "gerou novas informações importantes e uma hipótese fascinante que merece mais pesquisas".

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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