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As semelhanças entre Vênus e a Terra, segundo estudo
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As semelhanças entre Vênus e a Terra, segundo estudo

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Aventuras Na História
16/05/2025 19h00
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©Getty Images
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Um novo estudo conduzido por cientistas dos Estados Unidos e da Suíça revela que Vênus, embora não possua placas tectônicas como a Terra, pode apresentar uma forma alternativa de atividade tectônica que remodela sua superfície e recicla sua crosta. A pesquisa foi publicada na última quarta-feira, 14, na revista Science Advances.

A análise se baseia em dados coletados há décadas e aponta para a existência de processos geológicos ativos no planeta vizinho. O foco do estudo são as chamadas coronas — grandes estruturas circulares na superfície venusiana, que antes se acreditava serem crateras de impacto. 

Implicações

Hoje, sabe-se que são formações vulcânicas provocadas por plumas de material fundido que sobem do interior do planeta, deformam a crosta e, ao colapsarem, formam um anel de fraturas.

“Coronas não são encontradas na Terra atualmente, mas podem ter existido quando o planeta era jovem, antes do surgimento das placas tectônicas”, explicou Gael Casciolli, cientista planetário da Universidade de Maryland e autor principal do estudo, em comunicado à imprensa.

Para investigar a formação dessas estruturas, os pesquisadores desenvolveram modelos que simulam diferentes cenários com base em dados de topografia e gravidade. Analisando 75 coronas, a equipe identificou evidências de plumas ativas — mais quentes e menos densas — em 52 delas, sugerindo que o interior de Vênus ainda é geologicamente dinâmico.

O estudo também aponta para a possível ocorrência, em Vênus, de dois processos semelhantes aos que ocorrem na Terra: a subducção, em que material é empurrado de volta ao interior do planeta após colisões na crosta; e o gotejamento litosférico, fenômeno no qual porções da litosfera aquecidas por baixo tornam-se densas e afundam no manto.

Segundo os cientistas, esses mecanismos reforçam a hipótese de que Vênus vive um tipo de atividade tectônica parecida com a que existia na Terra primitiva, antes do estabelecimento das atuais placas tectônicas.

“O mais empolgante é que agora podemos afirmar que provavelmente há múltiplos processos ativos contribuindo para a formação das coronas”, disse Anna Gülcher, coautora do estudo e pesquisadora da Universidade de Berna, na Suíça, em fala repercutida pelo Metrópoles.

Acreditamos que esses mesmos processos ocorreram no início da história geológica da Terra", conclui a pesquisadora.

Os pesquisadores planejam aprofundar a investigação sobre as coronas venusianas, na expectativa de compreender melhor não apenas a evolução geológica de Vênus, mas também as origens da própria Terra.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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