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Cientistas dão primeiro passo para criar cromossomo humano sintético
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Cientistas dão primeiro passo para criar cromossomo humano sintético

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Aventuras Na História
27/06/2025 16h50
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©Getty Images
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Pela primeira vez no mundo, cientistas deram início a um ambicioso e controverso projeto que busca criar os blocos de construção da vida humana. Com um investimento inicial de £10 milhões (mais de R$ 75 milhões) da instituição de caridade médica Wellcome Trust, o chamado Projeto Genoma Humano Sintético pretende, nos próximos cinco a dez anos, construir um cromossomo humano completamente sintético — uma inovação que promete transformar a compreensão da biologia humana e abrir novos caminhos para o tratamento de doenças incuráveis.

"Nosso DNA determina quem somos e como nossos corpos funcionam", afirmou Michael Dunn, diretor de pesquisa. "Ao criar as ferramentas para sintetizar um genoma humano, responderemos a perguntas que hoje ainda não conseguimos prever, mudando nossa forma de entender a vida e o bem-estar".

A iniciativa é liderada pelo professor Jason Chin, do Instituto de Biologia Generativa do Instituto de Tecnologia Ellison e da Universidade de Oxford, com colaboração de equipes das universidades de Cambridge, Kent, Manchester, Oxford e do Imperial College London. O foco inicial será desenvolver blocos maiores de DNA humano em laboratório, avançando até a construção de cromossomos completos que poderão ser estudados para desvendar os mecanismos que regulam crescimento, reparo e manutenção do corpo humano.

Preocupação

Apesar de os experimentos estarem restritos a ambientes controlados, como tubos de ensaio e placas de Petri, o projeto já gera preocupação entre cientistas e o público. Para o professor Bill Earnshaw, da Universidade de Edimburgo, a iniciativa pode abrir portas para usos perigosos: "O gênio saiu da lâmpada. Hoje há restrições, mas nada garante que uma organização equipada não tente sintetizar qualquer coisa — inclusive com fins questionáveis", alertou.

Visando equilibrar avanço científico e responsabilidade social, um braço do projeto dedicado às ciências sociais será conduzido pela socióloga Joy Zhang, da Universidade de Kent. "Queremos ouvir o público, entender suas preocupações e garantir que a tecnologia avance de maneira ética e transparente", destacou ela.

Segundo o 'Independent', entre promessas e receios, o projeto marca um novo capítulo na engenharia genética — com potencial para redefinir não apenas a medicina, mas também os próprios limites da ciência sobre o que significa ser humano.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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