Cientistas revelam que o universo pode chegar ao fim antes do que se pensava

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Um estudo recente conduzido por uma equipe de cientistas dos Estados Unidos e da China sugere que a vida útil do universo pode estar mais próxima do fim do que se pensava anteriormente. De acordo com as descobertas, o universo poderá atingir seu 'dia do juízo final' em aproximadamente 33,3 bilhões de anos, indicando que já se passou quase metade de sua existência.
Atualmente, a estimativa é de que o universo tenha cerca de 13,8 bilhões de anos, o que significa que restariam mais de 19 bilhões de anos até um colapso total, conhecido na cosmologia como 'Big Crunch'. Este fenômeno representa a reversão da expansão atual do universo, onde toda a matéria se concentraria em um único ponto.
A pesquisa realizada por acadêmicos da Universidade Cornell, em Nova York, e da Universidade Jiao Tong de Xangai, introduz um novo modelo cósmico que sugere que a energia escura — força atualmente reconhecida como responsável pela aceleração da expansão do universo — poderá enfraquecer com o passar do tempo, cedendo espaço à gravidade.
Ainda há muitas incertezas sobre a existência da energia escura, mas os cientistas acreditam que ela funciona como uma força repulsiva, contrabalançando a atração gravitacional que tende a unir toda a matéria. Se as previsões do novo estudo se confirmarem, a gravidade provocada por estrelas, galáxias e buracos negros forçaria o universo a colapsar sob seu próprio peso.
Esse novo modelo apresenta um horizonte temporal significativamente mais curto para a existência do universo em comparação às teorias anteriores que postulavam uma continuidade indefinida. Segundo os pesquisadores, o universo está destinado a terminar cerca de 33 bilhões de anos após o Big Bang.
A energia escura é distinta da matéria escura; enquanto esta última é uma forma de matéria não observável diretamente, a energia escura é uma forma de energia que não interage da maneira usual com a matéria. Estima-se que essa energia represente entre 68,3% e 70% do total do universo.
Chelsea Gohd, da NASA, comentou: "O que exatamente é energia escura? A resposta curta é: não sabemos. Mas sabemos que ela existe e está fazendo o universo expandir-se em um ritmo acelerado".
No estudo mencionado, os cientistas aplicaram um modelo denominado modelo axion Dark Energy (aDE), para analisar dados recentes que indicam comportamentos não esperados da energia escura. Tradicionalmente vista como uma constante cosmológica fixa e imutável, novas evidências sugerem que essa energia pode ter uma constante cosmológica negativa, aproximando-se de -1.61. Essa descoberta implica que o universo poderia eventualmente atingir um tamanho máximo antes de iniciar sua contração.
Os pesquisadores destacam a importância fundamental da idade do universo na cosmologia: "Desde a formulação da Teoria do Big Bang, sabemos que ele é finito", afirmaram na plataforma Arxiv. Com base nos valores ajustados pelo modelo proposto, estimaram a vida útil do nosso universo em cerca de 33 bilhões de anos.
Hipóteses
Para fundamentar suas conclusões, os cientistas analisaram dados obtidos pelo Dark Energy Survey (DES) e pelo Dark Energy Spectroscopic Instrument (DESI), observando como o universo está se expandindo através de fenômenos como supernovas e distribuição das galáxias.
Imagens coletadas pelo Telescópio Espacial Hubble indicam uma taxa de expansão mais rápida do que as previsões dos modelos tradicionais. Isso sugere que a energia escura pode não ser tão constante quanto se pensava anteriormente.
A metodologia adotada no modelo aDE considera a possibilidade de a energia escura não ser fixa ao longo do tempo. Permitir essa flexibilidade revela um potencial "valor ideal" negativo para essa força repulsiva, implicando sua gradual dissipação ao longo dos bilhões de anos seguintes ao Big Bang.
Segundo o 'Daily Mail', ainda há muitos mistérios sobre como será o fim do universo. Para complicar ainda mais as coisas, nem mesmo os cientistas têm certeza sobre a verdadeira natureza da energia escura.
A NASA elencou quatro teorias possíveis para explicar essa força invisível: uma delas sugere que pode ser uma forma de energia do vácuo; outra considera-a como um campo energético variável ou fluidos denominados quintessência; uma terceira hipótese aponta para falhas na estrutura do próprio universo; enquanto uma quarta sugere possíveis inadequações nas teorias gravitacionais existentes.


