Cinzas de 'profeta do espaço' são encontradas por zelador em porão residencial

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Um renomado escritor e visionário da exploração espacial teve suas cinzas descobertas de maneira inesperada durante uma limpeza de rotina em um prédio residencial de Nova York, em 2024.
Willy Ley, nascido na Alemanha em 1906, foi um dos grandes "profetas do espaço", tendo publicado uma série de artigos e livros que ajudaram a popularizar a ideia de viagens interplanetárias.
Depois de fugir do regime nazista em 1935, estabeleceu-se em Jackson Heights, no Queens, onde viveu com a esposa e duas filhas até o dia de sua morte, aos 62 anos, vítima de um ataque cardíaco. Infelizmente, ele não chegou a ver a realização de um de seus sonhos: o pouso da Apollo 11 na Lua, ocorrido apenas três semanas após sua morte, em 20 de julho de 1969. Durante sua vida, também colaborou com Walt Disney no desenvolvimento das atrações espaciais da Disneylândia.
De acordo com o portal Galileu, a descoberta das cinzas foi feita pelo zelador do prédio, Michael Hrdlovic, que encontrou uma lata com a inscrição "Restos de Willy Ley" enquanto organizava o porão. Surpreso, levou o achado à presidente do condomínio, Dawn Nadeau, que iniciou uma investigação.
Após buscas e contatos com funerárias, Nadeau confirmou que as cinzas pertenciam, de fato, a Willy Ley. No entanto, não há registros de que ele tenha vivido naquele edifício, tornando o percurso de seus restos mortais até lá um mistério.
As cinzas
Sem herdeiros conhecidos, a responsabilidade sobre as cinzas ficou com Nadeau, que decidiu homenagear o legado de Ley enviando-as para o espaço — um tributo simbólico ao homem que tanto defendeu a exploração além da Terra. Apesar dos altos custos, já que o serviço pode chegar a US$ 12.500 (cerca de R$ 68.750), ela continua empenhada em encontrar meios de realizar essa missão.
Enquanto isso, as cinzas de Willy Ley seguem no escritório do superintendente. "Penso na vida dessa pessoa; não importa quem seja ou o que tenha conquistado, é uma vida importante, e agora ela está aqui nesta lata", refletiu Hrdlovic em entrevista ao The New York Times.


