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Décadas após ser desenterrada, nova espécie de dinossauro é descoberta no RS
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Décadas após ser desenterrada, nova espécie de dinossauro é descoberta no RS

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Aventuras Na História
31/05/2025 16h55
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16535736/original/open-uri20250531-19-vpl4xb?1748711217
©Divulgação/Matheus Gadelha
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Recentemente, uma equipe de paleontólogos brasileiros e argentinos realizou uma descoberta impressionante de uma espécie inédita de dinossauro. Nomeada como Itaguyra occulta, a espécie viveu na região onde hoje é o Rio Grande do Sul, e é membro do grupo dos silessauros, sendo assim possivelmente um dos mais antigos do mundo.

Conforme repercute a Revista Galileu, o fóssil do dinossauro estava armazenado há décadas no acervo do museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), praticamente esquecido nas gavetas da coleção científica. Por isso, inclusive, foi nomeado como Itaguyra occulta — uma mistura de palavras do tupi e do latim, que pode ser entendida como "ave de pedra escondida".

Inicialmente, pensou-se que ele era outra espécie já conhecida e catalogada, mas só agora descobriu que se tratava, na verdade, de uma espécie inédita. O que se pensava antes é que ele era um exemplar do grupo dos cinodontes, animais primitivos considerados como "primos distantes" dos mamíferos, porém, agora os pesquisadores têm certeza de que se trata realmente de um dinossauro.

Elo perdido

A pesquisa em que o novo dinossauro foi descrito foi publicada na sexta-feira, 30, na revista científica Scientific Reports. Os responsáveis pela descoberta foram Voltaire Paes Neto, pesquisador do Museu Nacional e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Agustín G. Martinelli, do Museu Argentino de Ciências Naturais.

Com uma idade estimada em cerca de 237 milhões de anos, o fóssil em questão é bastante valioso para a paleontologia, pois representa um dos registros mais antigos da linhagem dos ornitísquios.

Vale mencionar que todos os dinossauros conhecidos hoje podem ser separados entre duas grandes linhagens: os saurísquios e os ornitísquios. Os grupos já são reconhecidos a mais de um século e meio pela ciência, porém, ainda é um mistério como cada uma das linhagens se originou.

Os silessauros, como o Itaguyra occulta, são tradicionalmente considerados como parentes próximos dos dinossauros, mas os estudos mais recentes apontam que o grupo da nova espécie é dos dinossauros ornitísquios primitivos. Entre os silessauros, estão antigos animais de pequeno porte, geralmente quadrúpedes e onívoros ou herbívoros, que habitaram o planeta no fim do Período Triássico.

O que o estudo mais recente reforça é a ideia de que os silessauros sejam antigos parentes dos ornitísquios. "A descoberta preenche um hiato temporal crítico e sustenta a ideia de que os silessauros não apenas são próximos dos dinossauros, mas podem ser os primeiros representantes dos ornitísquios", explica Paes Neto em comunicado.

Dessa forma, a descoberta da nova espécie se mostra extremamente valiosa para contribuir na reconstrução da história dos dinossauros sul-americanos, permitindo conhecer um período pouco conhecido, entre 240 milhões e 233 milhões de anos atrás.

O que os pesquisadores sugerem, com a descoberta, é que os silessauros tiveram uma presença contínua por todo o continente americano durante o período Triássico. "Se essa hipótese for confirmada, Itaguyra occulta passa a figurar entre os dinossauros mais antigos do mundo", destaca Paes Neto no comunicado.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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