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Descoberta de fóssil espacial reacende discussões sobre o Sistema Solar
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Descoberta de fóssil espacial reacende discussões sobre o Sistema Solar

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Aventuras Na História
17/07/2025 16h19
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Um recente estudo divulgado na renomada revista Nature Astronomy, traz à tona a descoberta de um novo corpo celeste além da órbita de Plutão. O objeto, denominado 2023KQ14, foi identificado entre março e agosto de 2023 por meio de observações realizadas pelo Telescópio Subaru, localizado no Havaí, Estados Unidos.

A pesquisa faz parte do projeto FOSSIL II (Formação do Sistema Solar Externo) e revela que 2023KQ14 é classificado como um sednoide, sendo este o quarto corpo desse tipo a ser documentado. O artigo detalha que, devido à sua órbita peculiar e distante, o novo corpo celeste pode oferecer insights significativos sobre a composição e a dinâmica do Sistema Solar externo.

Simulações orbitais sugerem que 2023KQ14 possui uma trajetória dinamicamente estável há pelo menos 4,5 bilhões de anos. Além disso, dados indicam que todos os sednoides conhecidos compartilhavam um padrão de alinhamento orbital cerca de 4,2 bilhões de anos atrás, com alta confiabilidade estatística.

Implicações

De acordo com Yukun Huagh, pesquisador do Observatório Astronômico Nacional do Japão (NAOJ), as simulações realizadas demonstram que a órbita de 2023KQ14 não se alinha com as dos outros sednoides identificados. Isso sugere uma diversidade e complexidade no Sistema Solar externo superior ao que se imaginava anteriormente.

Huagh destaca: "O fato da trajetória atual de 2023KQ14 não coincidir com a dos outros três sednoides diminui a probabilidade da hipótese do Planeta Nove. É plausível que um planeta tenha existido em nosso Sistema Solar e tenha sido expulso, resultando nas órbitas peculiares observadas atualmente".

A busca por um possível nono planeta começou após a descoberta de Netuno em 1846. Desde então, cientistas têm especulado sobre a existência de um corpo celeste capaz de influenciar as órbitas dos planetas Urano e Netuno. A corrida pela identificação desse planeta culminou na descoberta de Plutão em 1930, mas logo se constatou que ele não era responsável pelas perturbações gravitacionais observadas.

Atualmente, segundo a CNN, acredita-se que esse hipotético nono planeta possa estar situado além do Cinturão de Kuiper — uma vasta região em forma de anel no espaço — em uma órbita consideravelmente mais afastada do Sol do que a da Terra, o que dificulta sua detecção.

O estudo também sugere que caso esse nono planeta realmente exista, sua trajetória pode estar mais próxima do previsto nas análises recentes.Fumi Yoshida, um dos pesquisadores envolvidos na investigação, comenta: "2023KQ14 foi encontrado em uma região remota onde a gravidade de Netuno exerce pouca influência. A presença de objetos com órbitas alongadas e grandes distâncias de periélio nessa área indica que algo extraordinário ocorreu durante a formação desse corpo".

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