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Invertebrado mais pesado do mundo é filmado pela primeira vez no Oceano Antártico
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Invertebrado mais pesado do mundo é filmado pela primeira vez no Oceano Antártico

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Aventuras Na História
16/04/2025 15h37
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16507687/original/open-uri20250416-18-2wo89a?1744818141
©Divulgação/Instituto Oceânico Schmidt
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Uma lula-colossal filhote (Mesonychoteuthis hamiltoni) foi filmada pela primeira vez em seu habitat natural, nas profundezas do Oceano Antártico. O registro foi feito por uma equipe a bordo do navio de pesquisa do Instituto Oceânico Schmidt. 

A criatura translúcida, com cerca de 30 cm, oito braços laranja e dois tentáculos longos, foi flagrada a quase 600 metros de profundidade, próximo às Ilhas Sandwich do Sul.

Conforme conta o comunicado divulgado pelo instituto, essa é a primeira vez que o animal é observado vivo e em ambiente natural, diferente das ocasiões anteriores, em que foi capturado ou encontrado morto.

A espécie foi identificada pela primeira vez em 1925, a partir de fragmentos encontrados no estômago de um cachalote. Desde então, o que se tem são restos parcialmente digeridos ou exemplares capturados por embarcações. O maior espécime já recuperado está em exposição na Nova Zelândia.

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Lula-colossal filmada nas profundezas do mar na Antártica / Crédito: Divulgação/Instituto Oceânico Schmidt

Animal pesado

A lula-colossal é o invertebrado mais pesado já conhecido, podendo ultrapassar 450 kg . Diferente da lula-gigante, que é mais comprida e está presente em vários oceanos, a lula-colossal habita exclusivamente águas antárticas.

A especialista Kathrin Bolstad, da Universidade de Tecnologia de Auckland, explicou em nota que a identificação foi possível graças a características visíveis nas imagens, como ventosas e ganchos nos tentáculos.

Além de olhos enormes — os maiores já estudados em qualquer animal —, essa lula possui órgãos bioluminescentes que ajudam a camuflá-la de predadores vindos de baixo, como os cachalotes. Essa adaptação visual permite que ela perceba ameaças quase na mesma distância em que passa a ser detectada pelo sonar.

Para os cientistas, o registro representa um avanço importante na compreensão da vida marinha em regiões ainda pouco exploradas.

"O primeiro avistamento de duas lulas diferentes em expedições consecutivas é notável e mostra o quão pouco vimos dos magníficos habitantes do Oceano Antártico. Esses momentos inesquecíveis continuam a nos lembrar de que o oceano está repleto de mistérios ainda a serem resolvidos", afirmou Jyotika Virmani, diretora-executiva do Instituto Oceânico Schmidt, ao Washington Post.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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