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Jovem que diz ser astronauta menciona descoberta de asteroide, após polêmica
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Jovem que diz ser astronauta menciona descoberta de asteroide, após polêmica

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Aventuras Na História
16/06/2025 12h30
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16544116/original/open-uri20250616-18-1yh5du7?1750083825
©Reprodução/Instagram (@astrolaysa)
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Após as várias polêmicas envolvendo Laysa Peixoto, mineira de 22 anos que afirmou recentemente ser a primeira astronauta brasileira a ir para o espaço, a jovem voltou a publicar em suas redes sociais no último sábado, 14, mencionando que sua primeira conexão com a Nasa se deu ainda em 2021.

Vale mencionar que, após chamar grande atenção nacional, Laysa excluiu seu perfil no LinkedIn na última quarta-feira, 11, após ter seu currículo contestado pela própria Nasa. A agência negou possuir qualquer vínculo com a brasileira, afirmando que ela "não é funcionária, líder de pesquisas ou candidata a astronauta", como ela havia afirmado.

Porém, no último sábado, ela publicou uma imagem em suas redes sociais em que destaca o recebimento da Medalha de Honra ao Mérito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), diretamente das mãos de Marcos Pontes — o primeiro brasileiro a ir para o espaço — e Patrick Miller, do programa científico The International Astronomical Search Collaboration, após descobrir o asteroide LpS0003 (2021 PS59).

Na imagem, também é destacado um certificado da International Astronomical Search Collaboration, com uma data de 2 a 27 de agosto de 2021, expressando o apreço de Laysa Peixoto Sena Lage na "7ª Edição Caça Asteroides MCTI-30", e também em reconhecimento à descoberta provisória do asteroide do cinturão principal 2021 PS59. Há ainda outra imagem de uma caixa com medalhas com a inscrição "Caça Asteroides MCTI", e o logotipo do MCTI.

Nessa época, segundo a CNN Brasil, Laysa tinha apenas 18 anos e era estudante do 2º período de física da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Na época, a universidade informou em comunicado que "o achado recebeu um nome temporário que contém as iniciais da jovem", e que a campanha de "caça asteroides" é ligada à Nasa, em colaboração com o The International Astronomical Search Collaboration.

Polêmica

Natural de Contagem, Laysa chamou atenção da mídia nacional inicialmente ao afirmar em suas redes sociais ter sido selecionada como astronauta de carreira, além de incluir que seria parte do voo inaugural da empresa Titans Space, que deveria ocorrer em 2029. Ela alegou ser a representante do Brasil nessa nova era da exploração espacial.

Além disso, em seu LinkedIn, ela também afirmava já ter trabalhado na Nasa como líder de pesquisas, com apenas 19 anos, e ter sido fellow em Física Teórica e Matemática da Sociedade Max Planck, ter cursado Engenharia em Machine Learning, Modelagem e Simulação no Centro de Ciência Computacional do MIT (Massachusetts Institute of Technology), e ainda um mestrado em Aplicações de Computadores pela Columbia University.

No entanto, a Nasa negou que Laysa tenha feito parte de qualquer treinamento de astronauta ligado a eles, e a UFMG informou que ela foi desligada da universidade após não se matricular para o segundo semestre de 2023 no curso de Física. A Universidade Columbia, por sua vez, declarou não ter encontrado qualquer registro de matrícula em seu nome.

O que a agência espacial norte-americana ainda incluiu à CNN foi que "o programa L'Space [citado por ela] é um workshop para estudantes, e não é um estágio da Nasa ou trabalho na agência. Seria inapropriado reivindicar a afiliação à Nasa como parte dessa oportunidade".

Já sobre a missão da Titans Space, que a Nasa afirma não ser afiliada, a própria empresa confirmou que Laysa foi selecionada para uma missão espacial, mas que seu nome não aparece na equipe técnica anunciada para o voo de 2029. Além disso, vale destacar que a empresa oferece um serviço de viagens para turistas, mas ainda não tem sua licença para voos espaciais concedida pela FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA), impedindo a garantia do voo.

Foi após a repercussão da negação da Nasa que, na quinta-feira, 12, Laysa publicou uma sequência de vídeos em seu Instagram em que afirmou: "Em nenhum momento da minha declaração, eu cito que a Nasa foi responsável por essa seleção para esse voo de 2029, ou que a Nasa me selecionou como astronauta de carreira. Em nenhum momento, menciono a Nasa nesse sentido".

Ela ainda acrescentou que só se referiu à agência norte-americana para falar sobre o comandante "que foi selecionado para missão, que é astronauta veterano da Nasa. Quem fez a minha seleção, o programa espacial que faço parte, é um programa privado, com o voo inaugural previsto para 2029", finalizou. Porém, vale destacar que ele não aborda as outras atividades de seu currículo que foram questionadas.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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