Miss São Paulo descobre candidata falsa criada por IA
Aventuras Na História

Um dos maiores concursos de beleza do Brasil, o Miss São Paulo Internacional, foi alvo de uma tentativa inédita de fraude: uma candidata criada totalmente por inteligência artificial.
A jovem inexistente possuía perfis ativos nas redes sociais, fotos em cenários realistas, vídeos de apresentação e até interações com outras misses — mas nunca esteve presente em nenhum evento físico.
A farsa foi descoberta após a equipe desconfiar da ausência de registros em competições anteriores, embora a “candidata” alegasse já ter participado de outros concursos.
Era um rosto perfeito, corpo natural, presença digital ativa, só que não existia”, afirmou Eduardo Graboski, diretor do Miss SP.
Com ajuda de um especialista, foi confirmado que as imagens eram manipuladas: o corpo pertencia a uma modelo americana e o rosto havia sido totalmente gerado por IA, com alterações como a remoção de tatuagens. A inscrita, representando São José do Rio Preto (SP), chegou a ser pré-selecionada para entrevistas virtuais antes da fraude vir à tona. O caso será denunciado às autoridades.
Medidas de segurança
Em resposta, a organização anunciou medidas imediatas de segurança: além do envio de documentos e registros audiovisuais, as candidatas passarão por uma triagem ao vivo por chamada de vídeo e deverão assinar a inscrição pelo aplicativo Gov.br.
“Estamos certos de que foi um caso isolado, que não atinge a transparência e seriedade do concurso. Pode parecer curioso agora, mas abre uma discussão séria sobre os limites da tecnologia na representação da beleza humana”, destacou Graboski.
Segundo o ‘CenaPOP’, a descoberta também expôs uma nova frente de desafios para o universo dos concursos de beleza, que tradicionalmente prezam pela presença física e pela história pessoal das candidatas.
Especialistas em tecnologia alertam que golpes semelhantes podem se tornar mais frequentes com o avanço das ferramentas de IA generativa, exigindo que eventos culturais, seletivos e até esportivos adotem protocolos de verificação cada vez mais sofisticados para preservar sua credibilidade.
*Sob supervisão de Fabio Previdelli
