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Mistério de vulcão que quase destruiu o mundo é finalmente desvendado
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Mistério de vulcão que quase destruiu o mundo é finalmente desvendado

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Aventuras Na História
31/12/2024 16h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16430335/original/open-uri20241231-18-1vygr90?1735661968
©Oleg Dirksen/PA Wire
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Uma equipe de cientistas desvendou o mistério por trás de uma erupção vulcânica ocorrida em 1831, que provocou uma queda global de temperatura de cerca de 1°C e desencadeou fome e perdas agrícolas ao redor do mundo.

Após anos de debate na comunidade científica, pesquisadores da Universidade de St. Andrews identificaram o vulcão responsável: o Zavaritskii, localizado na remota ilha de Simushir, nas Ilhas Curilas, uma área de disputa entre Rússia e Japão.

História

A ilha, atualmente controlada pela Rússia, já foi utilizada como uma base secreta de submarinos nucleares durante a Guerra Fria. Hoje, opera como um posto militar estratégico.

A erupção foi datada para a primavera ou verão de 1831, graças à análise de fragmentos microscópicos de cinzas preservados em núcleos de gelo polar, uma técnica que só se tornou possível nos últimos anos.

O estudo, conduzido pelo Dr. Will Hutchison e publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, revelou uma correspondência química precisa entre os fragmentos de cinzas encontrados nos núcleos de gelo e amostras coletadas no vulcão Zavaritskii.

Foi um verdadeiro momento eureka no laboratório, quando percebemos que os dados eram idênticos", afirmou o Dr. Hutchison.

A análise química detalhada dos fragmentos de cinzas, com tamanho equivalente a um décimo do diâmetro de um fio de cabelo humano, permitiu identificar o evento explosivo e datá-lo com precisão.

Segundo Hutchison, a descoberta exigiu colaboração internacional com cientistas do Japão e da Rússia, que forneceram amostras coletadas nas Ilhas Curilas décadas atrás.

Registro da ilha onde se encontra o vulcão - Oleg Dirksen/PA Wire

A pesquisa também destacou o potencial inexplorado da região das Ilhas Curilas, que abriga uma densa atividade vulcânica. Hutchison enfatizou a importância de preparar respostas internacionais para futuras erupções de grande magnitude. "Precisamos estar prontos como comunidade científica e sociedade para coordenar uma resposta global quando o próximo grande evento acontecer", concluiu.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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