O cientista que quer passar 100 dias debaixo d’água
Aventuras Na História
Um oficial aposentado da Marinha de 55 anos de idade atualmente vive a 9 metros abaixo da superfície do mar, dentro de uma cabine de 100 metros quadrados.
No local, ele realiza pesquisas sobre saúde, ambiente marinho e novas tecnologias. Ao mesmo tempo, ele, quem é doutor em engenharia biomédica, segue dando aulas online para seus alunos da Universidade do Sul da Flórida (USF).
Joseph Dituri, também conhecido como Dr. DeepSea (ou doutor do fundo do mar), desenvolve um estudo sobre como o corpo humano responde à pressão extrema da água no longo prazo. O projeto tem um custo estimado em US$ 250 mil (cerca de R$ 1,29 milhão), financiado com uma combinação de bolsas e patrocínios de diferentes entidades.
Por dentro da cabine
O professor universitário, que começou a missão em 1º de março, convidou a equipe do DailyMail para um tour virtual por sua 'casa', que embora pequena, conta com área de trabalho, cozinha, banheiro, dois quartos e, claro, uma janela com vista para o mar.
Dituri tem uma TV, um pequeno freezer, um forno de micro-ondas e uma minipiscina - na verdade, um canal por onde ele entra e sai da cabine para mergulhar de vez em quando. Ele dorme em uma cama dupla, sendo que há um quarto de hóspedes para receber os cientistas que o visitam. À fonte, o oficial aposentado disse adorar a experiência.
Equipe médica
De acordo com o portal BBC, uma equipe médica composta por dez profissionais monitorará os efeitos físicos e mentais decorrentes do prolongado período subaquático. Eles farão visitas regulares ao alojamento de Dituri e o submeterão a uma série de testes, incluindo exames de sangue, ultrassom e eletrocardiograma, entre outros.
O pesquisador já foi submetido a uma série de testes físicos e psicológicos em preparação para o desafio e continuará a ser monitorado após o término da temporada para avaliar quaisquer efeitos de longo prazo.
Estudos
O Dr. DeepSea planeja aprofundar as conclusões de um estudo anterior realizado por pesquisadores da Universidade de Wisconsin, que sugere que a maior pressão do ambiente subaquático pode ter um impacto benéfico na longevidade e na prevenção de doenças relacionadas ao envelhecimento.
Além das pesquisas na área de saúde, o projeto também incluirá testes de novas tecnologias, incluindo uma ferramenta de inteligência artificial para rastrear o corpo humano em busca de doenças e determinar a necessidade de medicação.
O corpo humano nunca esteve embaixo d'água por tanto tempo, então serei monitorado de perto", disse o engenheiro biomédico.
"Esse estudo vai examinar todas as maneiras pelas quais essa jornada pode impactar meu corpo, mas minha hipótese é a de que haverá melhora na minha saúde devido à maior pressão", finalizou.
