O 'portal do submundo' encontrado em pirâmide que pode revelar civilizações avançadas

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Uma pirâmide esquecida no México pode esconder um segredo surpreendente. Localizada na antiga cidade de Teotihuacan, a Pirâmide da Serpente Emplumada, ou Templo de Quetzalcoatl, construída há cerca de 1.800 anos, revelou algo misterioso em suas profundezas: câmaras subterrâneas contendo poças de mercúrio líquido — um elemento raro e altamente tóxico.
Essa descoberta, feita em 2015, levou pesquisadores a sugerirem que o templo poderia ter sido usado para acessar o mundo espiritual. O brilho metálico e as propriedades reflexivas do mercúrio, semelhantes às da água ou de um espelho, evocavam ideias de portais para o submundo ou reinos sobrenaturais.
O arqueólogo Sergio Gómez, responsável pelas escavações, afirmou ao Daily Mail acreditar que os antigos habitantes de Teotihuacan usavam o mercúrio como uma representação simbólica de um portal para o submundo, possivelmente relacionado a um governante mesoamericano ainda não identificado.
Repercussão
Nos últimos meses, o achado voltou a ganhar destaque nas redes sociais, reacendendo debates e teorias. Uma delas sugere que, além do papel ritualístico, o mercúrio e outro material descoberto no local — grandes folhas de mica, um mineral brilhante com propriedades isolantes — teriam sido usados como componentes de uma antiga tecnologia energética, muito à frente de seu tempo.
De fato, a presença conjunta de mica e mercúrio gerou hipóteses ousadas: que a estrutura seria, na verdade, uma antiga usina de energia. A mica, segundo essas teorias marginais, poderia funcionar como isolante em um sistema capaz de armazenar ou canalizar eletricidade, enquanto o mercúrio serviria como condutor em um circuito fechado ou até mesmo num mecanismo de propulsão eletromagnética.
Curiosamente, o único outro local onde foram encontrados "rios" de mercúrio em escavações arqueológicas é o Mausoléu do Primeiro Imperador Qin, na China. E em Teotihuacan, a origem da mica ainda é um mistério — sua fonte mais próxima está a cerca de 7.400 quilômetros dali, no Brasil.

A complexidade da extração do mercúrio também impressiona. Como ele não existe em forma líquida na natureza, os antigos precisavam aquecer cinábrio, um mineral vermelho composto de sulfeto de mercúrio, até que o metal se liquefizesse — um processo perigoso, especialmente sem equipamentos modernos.
Conforme relatado ao Daily Mail, Gómez e sua equipe acreditam que a presença desses elementos fazia parte de um elaborado ritual funerário, marcando a jornada de um rei desconhecido ao mundo dos mortos. No entanto, nenhum túmulo foi encontrado, o que alimenta ainda mais as especulações de que o propósito do templo possa ter sido outro.
A ausência de evidências concretas, como uma câmara mortuária, e o uso de materiais tão incomuns continuam a instigar estudiosos e entusiastas de teorias alternativas. Para alguns, isso pode apontar para o uso da pirâmide como fonte de energia — ou até mesmo, como afirmam os teóricos dos antigos astronautas, parte de uma tecnologia de origem extraterrestre.
Apesar das teorias impressionantes, até agora não há provas que sustentem essas ideias. O que se sabe é que os antigos mesoamericanos tinham um conhecimento impressionante sobre materiais e símbolos, e que a Pirâmide da Serpente Emplumada continua sendo um dos maiores mistérios arqueológicos das Américas.


