Os fragmentos da 'nave espacial alienígena' encontrados no fundo do Oceano Pacífico

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A busca por vida alienígena já deixou de ser um assunto da ficção há anos e passa a ser um tema tratado com cada vez mais frequência nos debates atuais. Durante anos, pesquisadores tem olhado para o céu em buscas de respostas, mas talvez a chave para isso tudo esteja bem do fundo do oceano.
Afinal, um físico de Harvard afirmou ter encontrado partes de uma "nave espacial" alienígena após uma busca feita no Oceano Pacífico. Por lá, o professor Avi Loeb aponta que localizou 50 pedaços de ferro originários do meteoro IM1. Entenda!
Nave alienígena?
Em 2023, o ex-presidente do Departamento de Astronomia de Harvard, Avi Loeb, realizou uma expedição ao Oceano Pacífico, perto de Papua-Nova Guiné. Junto dele estava um trenó magnético que foi arrastado pelo fundo do mar na tentativa de encontrar fragmentos do que Loeb afirma ser o primeiro meteoro interestelar conhecido — o que ele chama de "IM1".
Segundo descreve o portal Space.com, a rocha espacial mediria aproximadamente 0,5 metro de diâmetro. O meteoro teria explodido acima do Oceano Pacífico em 8 de janeiro de 2014.
Com isso, Loeb seguiu o caminho do meteoro em busca de fragmentos que poderiam ser analisados para determinar se sua composição química poderia confirmá-los como sendo de origem interestelar.
No entanto, ele encontrou no local algo ainda mais incrível: 50 minúsculas esferas metálicas, ou esférulas, com menos de um milímetro de diâmetro. Juntas, elas pesam cerca de 35 miligramas.
Segundo ele acredita, os pedaços podem ser evidências de uma "espaçonave" de uma "civilização tecnológica extraterrestre" que caiu na Terra. Naquele ano, em uma publicação em seu blog, em 3 de junho, ele afirmou que a descoberta dessas esférulas "abre uma nova fronteira na astronomia, onde o que está fora do sistema solar é estudado através de um microscópio em vez de um telescópio".
Em declarações à Fox News Digital, Loeb detalhou seus pensamentos sobre as origens dos fragmentos de meteoro dizendo: "Dada a alta velocidade e a resistência anômala do material do IM1, sua fonte deve ter sido um ambiente natural diferente do sistema solar, ou uma civilização tecnológica extraterrestre".
[O IM1] é, na verdade, mais resistente e tem uma resistência material superior à de todas as rochas espaciais catalogadas pela NASA. Isso o torna bastante incomum".
As controversas
Apesar de Loeb acreditar ter encontrado evidências do primeiro meteorito interestelar, sua descoberta gerou dúvidas e debates dentro da comunidade científica.
O primeiro ponto é que o pesquisador aponta que para encontrar os fragmentos, ele arrastou seu trenó magnético não apenas na trajetória do meteoro, como também em uma região de controle fora desta área.
Em seu blog, ele apontou que a composição das esférulas encontradas dentro da trajetória do meteoro "são consistentemente da mesma fonte, enquanto as esférulas de fundo da região de controle tinham morfologia e composição diferentes". Isso, afirma Loeb, mostra que essas pequenas esferas remontam à bola de fogo de 2014, que supostamente veio do espaço interestelar.
Além do mais, para sua expedição, ele usou como base um memorando de 2022 do Comando Espacial dos Estados Unidos. Ele aponta que os dados disponíveis para o Departamento de Defesa (DOD) são "suficientemente precisos para indicar uma trajetória interestelar" para o meteorito de 2014.
Mas de acordo com Phil Metzger, cientista planetário da Universidade da Flórida Central, a transição daquele memorando para as esférulas recuperadas por Loeb é impossível. "Conectar aquele meteoro a algumas pequenas bolas de metal retiradas de uma vasta área do fundo do oceano não é uma capacidade do Comando Espacial", tuitou.
O mesmo foi corroborado por Matthew Genge, cientista planetário do Imperial College London, especializado em meteoritos, que afirmou que conectar as esferas com a bola de fogo de 2014 — ou quaisquer fragmentos de meteorito com qualquer outro meteoro — é impossível.
Já Peter Brown, astrônomo da Universidade de Western Ontario, concordou com o ponto de Genge que, se o meteoro de fato entrou na atmosfera da Terra nas velocidades relatadas, ele teria se vaporizado em fragmentos muito menores do que as esférulas descobertas pela expedição de Loeb.
A expedição liderada por Avi Loeb também sofreu críticas relacionadas a precisão dos dados que sustentam uma origem interestelar para a bola de fogo de 2014 — que Loeb alega ser responsável pelas esférulas que ele recuperou do fundo do oceano.
Por fim, a expedição também foi criticada, essencialmente, por "roubar" os fragmentos sem obter as devidas autorizações do governo de Papua-Nova Guiné. Após os fragmentos serem descobertos, em meados de 2023, eles ainda passam por estudos.


