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Pela primeira vez, astrônomos detectam planeta recém-nascido no espaço
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Pela primeira vez, astrônomos detectam planeta recém-nascido no espaço

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Aventuras Na História
21/07/2025 14h39
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Recentemente, astrônomos conseguiram realizar um registro raro e inédito, que pode ajudar a desvendar mais fatores sobre a formação de sistemas planetários. O Very Large Telescope (CLT), operado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO), no deserto do Atacama, no Chile, registrou o momento do nascimento de um planeta, que já começa a moldar o disco de poeira e gás em torno de sua estrela.

O planeta em formação foi observado no sistema HD 135344B, localizado a cerca de 440 anos-luz da Terra, na constelação de Escorpião. Vale mencionar que essa estrela já era conhecida anteriormente, por abrigar um disco protoplanetário com braços espirais, que são estruturas associadas à presença de planetas em processo de formação.

Um aspecto que torna o registro especial é o fato de que registros do tipo são raríssimos, visto que o processo de formação de planetas, em termos astronômicos, costuma ser rápido e difícil de se observar com clareza. Mas agora, os cientistas puderam confirmar a formação de um planeta em uma área onde já previam que isso poderia acontecer, e novas percepções sobre como se dá a formação dos planetas são possíveis.

Em estudo descrevendo o caso, publicado na revista científica Astronomy & Astrophysics, os pesquisadores indicam que o novo planeta possui uma massa cerca de duas vezes a de Júpiter, e que está a uma distância de sua estrela semelhante à de nosso vizinho Netuno com relação ao Sol. Além disso, os astrônomos também destacam que ele ainda parece estar escavando e rearranjando a poeira em seu entorno.

Jamais veremos a formação da Terra, mas aqui, em torno de uma estrela jovem, podemos estar testemunhando o nascimento de um planeta em tempo real", afirma em comunicado o pesquisador e principal autor do estudo, Francesco Maio, da Universidade de Florença.
Registro de 2016 do disco espiral de poeira em torno da estrela HD 135344B / Crédito: Divulgação/ESO/T. Stolker et al.

Essas novas imagens só foram possíveis graças ao instrumento ERIS, um sistema de altíssima resolução acoplado ao VLT. Segundo o g1, o brilho detectado no disco não é um reflexo da estrela, mas sim uma luz emitida pelo próprio planeta ou pelo material que o cerca, indicando que ele ainda está crescendo.

Outras descobertas

A equipe de pesquisa também chegou a analisar outro sistema semelhante, dessa vez em torno da estrela V960 Mon, onde encontraram um possível companheiro celeste surgindo em meio ao disco. Nesta região, vale mencionar, já havia registros de estruturas espirais e instabilidades gravitacionais.

Agora, os astrônomos ainda estão investigando a origem desse objeto, mas eles não descartam que seja um novo planeta se formando, ou até mesmo uma anã-marrom — um corpo celeste maior que um planeta, mas que não brilha como uma estrela.

Porém, essa formação pode ter se dado de maneira diferente, surgindo a partir de um colapso direto de uma parte do disco, em vez de crescer gradualmente acumulando material ao redor, em um fenômeno chamado de instabilidade gravitacional.

Por fim, os autores do estudo atestam que futuras análises devem ajudar a confirmar a natureza dos corpos celestes detectados, e até revelar mais detalhes sobre os mecanismos de formação dos planetas e que os moldam após seu nascimento.

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