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Pesquisadores descobrem origem das contas de vidro na superfície da Lua
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Pesquisadores descobrem origem das contas de vidro na superfície da Lua

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Aventuras Na História
17/06/2025 11h24
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16544690/original/open-uri20250617-18-j9cuhz?1750162954
©Divulgação/Nasa
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Quando os astronautas da missão Apollo caminharam pela superfície da Lua se surpreenderam ao avistar pequenas contas de vidro laranja brilhante, espalhadas como joias microscópicas pela paisagem lunar. Menores que um grão de areia, essas esferas foram formadas durante uma fase de intensa atividade vulcânica há cerca de 3,3 a 3,6 bilhões de anos.

A origem dessas contas remonta a erupções explosivas de vulcões lunares que lançaram material do interior do satélite para sua superfície. Cada gota de lava foi rapidamente resfriada e solidificada pelo vácuo gelado do espaço, criando essas minúsculas esferas de vidro.

Imagine fontes de lava ocorrendo em um ambiente sem ar, sob condições extremas. Sem uma atmosfera para corroê-las ou erodi-las, as contas permaneceram intactas por bilhões de anos. Guardadas em laboratórios terrestres desde a era Apollo, elas aguardaram meio século até que a tecnologia avançasse o suficiente para permitir uma análise detalhada.

Análises detalhadas

Recentemente, cientistas conseguiram examinar o interior das esferas utilizando técnicas modernas como microscopia eletrônica e feixes de íons de alta energia, que permitiram estudar os minerais internos sem causar danos às amostras, segundo informações do portal Live Science. Os pesquisadores também tomaram cuidados extremos para evitar que o contato com a atmosfera terrestre alterasse a composição original das superfícies das contas.

O que torna essas amostras tão valiosas é a diversidade de cores e composições. Algumas são laranja intenso, outras têm um brilho preto, e cada tipo traz informações únicas sobre os diferentes episódios vulcânicos que moldaram a Lua.

A análise da composição isotópica e mineralógica das esferas revelou que o estilo das erupções lunares mudou ao longo do tempo, oferecendo pistas valiosas sobre a evolução do interior do satélite. Como resumiu poeticamente o pesquisador Ogliore, estudar essas contas é como "ler o diário de um antigo vulcanólogo lunar".

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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