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Saiba como cientistas podem salvar 'unicórnio asiático' da extinção
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Saiba como cientistas podem salvar 'unicórnio asiático' da extinção

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Aventuras Na História
13/05/2025 20h20
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16525056/original/open-uri20250513-18-5g744g?1747167782
©World Wildlife Fund (WWF)
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Após mais de uma década sem avistamentos confirmados, o saola (Pseudoryx nghetinhensis), também conhecido como "unicórnio asiático", pode ter uma nova chance de sobrevivência graças à ciência. Um estudo publicado na revista Cell revelou descobertas genéticas inéditas sobre esse raro mamífero, considerado um dos animais mais ameaçados do planeta.

O saola, descoberto oficialmente apenas em 1992, habita regiões remotas das Montanhas Annamite, entre o Vietnã e o Laos. A última prova concreta de sua existência veio em 2013, quando uma armadilha fotográfica capturou sua imagem. Desde então, nenhum exemplar vivo foi observado diretamente.

Agora, uma equipe internacional de pesquisadores sequenciou o genoma completo de 26 saolas, a partir de restos mortais encontrados em casas de caçadores locais. A pesquisa revelou que existem duas populações geneticamente distintas de saolas, separadas há pelo menos 5.000 anos. Esse conhecimento abre caminho para uma estratégia de reprodução cruzada em cativeiro com o objetivo de restaurar a diversidade genética da espécie.

Descobrimos que cada população perdeu diferentes partes da variação genética ao longo do tempo. Se conseguirmos unir indivíduos das duas linhagens, eles podem compensar o que a outra perdeu", explica Genís Garcia Erill, autor principal do estudo.

Proposta

Segundo a 'Revista Galileu', a proposta dos cientistas é localizar pelo menos 12 saolas vivos, de preferência representantes das duas populações, e iniciar um programa de reprodução controlada. Segundo o coautor Rasmus Heller, os modelos indicam que essa seria uma estratégia viável de resgate, desde que haja sucesso na localização dos animais.

O desafio maior, contudo, permanece: encontrar os últimos indivíduos vivos. "Mesmo com o uso de técnicas modernas como DNA ambiental em rios e análises de sanguessugas, ainda não tivemos sucesso", admite Minh Duc Le, também coautor do estudo. Com o genoma do saola em mãos, novas ferramentas de rastreamento genético podem ser desenvolvidas para superar esse obstáculo.

O estudo também projeta um cenário mais futurista: caso o saola seja declarado extinto na natureza, as informações genéticas coletadas poderiam ser utilizadas em programas de desextinção, técnica ainda experimental que visa "reviver" espécies a partir de DNA preservado.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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