Sinais misteriosos em estrelas próximas levantam hipóteses de alienígenas

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Um conjunto de pulsos rápidos e inexplicáveis foi registrado em três estrelas próximas à Terra, acendendo o debate entre cientistas sobre suas possíveis origens — inclusive a hipótese, ainda incerta, de atividade alienígena.
O fenômeno foi identificado por Richard Stanton, cientista aposentado da NASA, durante sua busca por sinais de inteligência extraterrestre, e descrito em um estudo publicado na revista Acta Astronautica.
Em 14 de maio de 2023, Stanton observava a estrela HD 89389, localizada a cerca de 102 anos-luz na constelação da Ursa Maior, quando detectou dois pulsos idênticos e extremamente rápidos, que fizeram a luz da estrela oscilar em uma fração de segundo. O evento foi único em mais de 1.500 horas de observação, o que chamou a atenção do pesquisador.
Ao revisar dados antigos, Richard encontrou registros semelhantes em 2019 e novamente em janeiro de 2025, envolvendo outras duas estrelas: HD 217014 (conhecida como 51 Pegasi) e HD 12051.
Em todos os casos, os sinais se manifestaram como pares de pulsos que obscureceram parcialmente as estrelas, sem apagá-las completamente — algo que diferencia esses eventos dos efeitos causados por objetos como satélites, meteoros ou aviões.
Explicação
"Os sinais permanecem inexplicáveis", escreveu Stanton. Ele descartou causas comuns e sugeriu que qualquer objeto capaz de causar tal modulação de luz teria que estar relativamente próximo da Terra, talvez até dentro do sistema solar. Entre as possíveis causas levantadas estão efeitos atmosféricos desconhecidos, ondas gravitacionais e, mais controversamente, atividades de inteligência extraterrestre.
Apesar da especulação, cientistas pedem cautela.Seth Shostak, astrônomo sênior do Instituto SETI (Busca por Inteligência Extraterrestre), afirma que a história da astronomia é repleta de descobertas inicialmente atribuídas a alienígenas, mas que acabaram sendo explicadas por fenômenos naturais.
"Se uma civilização alienígena inteligente quisesse se comunicar, esperaria-se que ela transmitisse alguma forma de informação, e não apenas sinais vazios", disse Shostak, à 'Live Science', destacando que a simplicidade e repetição dos pulsos sugerem um fenômeno astrofísico ainda não compreendido.
Por ora, a origem dos sinais segue envolta em mistério.Stanton defende que mais dados e observações — especialmente com o uso de múltiplos telescópios — são essenciais para compreender o fenômeno. "Só com informações adicionais será possível decifrar o que realmente está modulando a luz dessas estrelas", concluiu.


