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Sinais misteriosos vindos do subsolo da Antártida intrigam cientistas
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Sinais misteriosos vindos do subsolo da Antártida intrigam cientistas

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Aventuras Na História
17/06/2025 22h00
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©Getty Images
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Pesquisadores envolvidos em um experimento científico na Antártida estão diante de um enigma que desafia as leis da física como as conhecemos. Diante dessa intrigante descoberta, um novo estudo foi publicado no periódico Physical Review Journals, da APS

O projeto ANITA (Antarctic Impulsive Transient Antenna), instalado em balões estratosféricos, detectou estranhos sinais de rádio que parecem emergir das profundezas geladas do continente — e que ninguém até agora conseguiu explicar.

Surpresa no estudo

Criado para registrar neutrinos, partículas subatômicas que cruzam o universo quase sem interagir com a matéria, o ANITA surpreendeu os cientistas ao captar ondas de rádio vindas de ângulos improváveis, cerca de 30 graus abaixo da superfície.

O mais desconcertante: os sinais pareciam atravessar a Terra como se as leis da física simplesmente não se aplicassem. “Ainda não sabemos o que são essas anomalias”, reconheceu a astrofísica Stephanie Wissel, da Universidade Estadual da Pensilvânia, ao PRJ.

Os neutrinos, alvo original do experimento, são gerados por eventos cósmicos extremos, como supernovas ou o próprio Big Bang. Sua detecção é raríssima, justamente por quase não interagirem com a matéria. Mas as ondas captadas pelo ANITA não correspondiam ao comportamento esperado dessas partículas.

Evento raro

O primeiro registro anômalo aconteceu em 2006, e um segundo em 2014 reforçou o mistério: em ambos os casos, os sinais pareciam vir do interior da Terra, e não podiam ser atribuídos a reflexos ou interações conhecidas.

Na tentativa de encontrar respostas, os dados do ANITA foram cruzados com os de outros dois observatórios de partículas: o IceCube, também na Antártida, e o Pierre Auger, na Argentina. As simulações, no entanto, não revelaram nenhum evento que pudesse explicar os sinais

Com isso, começaram a surgir hipóteses que vão além do modelo padrão da física, que descreve as forças fundamentais e as partículas que compõem o universo.

Teorias

Entre as ideias mais ousadas está a possibilidade de alguma relação com a matéria escura — a misteriosa substância invisível que compõe a maior parte do cosmos, mas cuja natureza ainda é desconhecida. Mesmo essa teoria, porém, não explica como os sinais teriam atravessado milhares de quilômetros de rocha e gelo sem serem absorvidos.

Pode haver algum efeito de propagação de rádio próximo ao gelo que ainda não compreendemos”, sugeriu Wissel.

Com o fim das operações do ANITA em 2016, os cientistas agora depositam suas esperanças no PUEO (Payload for Ultrahigh Energy Observations), projeto sucessor que promete maior sensibilidade e tecnologia de ponta para tentar decifrar o enigma.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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