Na próxima quarta-feira, 5 de novembro, uma impressionante superlua poderá ser observada em todo o Brasil, caso as condições meteorológicas se mostrem favoráveis. Este fenômeno representa a segunda e penúltima superlua do ano, oferecendo aos apaixonados por astronomia e ao público em geral uma oportunidade única de apreciar um espetáculo natural.

A expressão “superlua” não é um termo técnico amplamente reconhecido por astrônomos, mas refere-se à aparência da Lua quando ela se encontra em seu perigeu, o ponto mais próximo da Terra em sua órbita. Neste momento, a Lua se apresenta significativamente maior e mais brilhante do que em sua fase normal.

O momento ideal para observação será ao entardecer. Especialistas indicam que a hora exata da lua cheia pode variar conforme a região, mas no horário de Brasília, a superlua deverá aparecer às 18h45 em São Paulo, às 18h14 em Belém e às 17h28 no Recife.

Para quem deseja observar esse fenômeno, não é necessário o uso de equipamentos especiais. A olho nu, a Lua se mostrará com um tamanho e brilho notavelmente ampliados, conforme repercute o g1.

Superlua ou lua cheia?

É importante esclarecer a distinção entre superluas e luas cheias. O conceito de “superlua” foi introduzido pelo astrólogo Richard Nolle em 1979 e tem sido utilizado de forma ampla na mídia. No entanto, não existe um consenso na comunidade científica sobre sua definição precisa ou critérios de classificação.

Embora a fase da lua cheia dure apenas um instante, visualmente a Lua pode parecer cheia por mais de três dias consecutivos. Uma superlua ocorre especificamente quando a lua cheia coincide com o perigeu lunar, resultando numa Lua que se apresenta levemente maior e mais luminosa.

Segundo Helio J. Rocha-Pinto, diretor do Observatório do Valongo da UFRJ, “se a lua cheia ocorre próximo ao perigeu, ela é chamada de superlua. O quão próximo depende da órbita que a Lua segue naquele momento, mas em termos gerais irá equivaler a uma distância menor do que 360.000 km da Terra.” Durante o perigeu, nosso satélite natural pode ser cerca de 14% maior e 30% mais brilhante do que durante o apogeu (quando está mais distante), também conhecido como microlua.

Dessa forma, é fundamental notar que nem toda lua cheia é considerada uma superlua. De acordo com o calendário astronômico do Observatório Nacional, em 2025 teria o registro de três superluas: uma que já aconteceu em 6 de outubro; a desta semana, no dia 5 de novembro; e a última do ano, em 4 de dezembro.