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Tartarugas têm capacidade de criar 'mapas pessoais' de seus habitats, diz estudo
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Tartarugas têm capacidade de criar 'mapas pessoais' de seus habitats, diz estudo

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Aventuras Na História
18/02/2025 17h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16465952/original/open-uri20250218-56-1ap7x9j?1739898323
©Getty Images
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Alguns animais, como aves, salmões, lagostas e tartarugas marinhas, têm a habilidade única de se orientar usando o campo magnético da Terra, que se estende do polo norte ao sul. 

Embora já fosse conhecido que eles utilizam esse campo como uma espécie de bússola, uma nova pesquisa revela que as tartarugas marinhas, especialmente a cabeçuda, vão além: elas criam um mapa magnético pessoal de seus habitats, identificando áreas ideais para se alimentar e fazer seus ninhos. 

O estudo, liderado pela cientista Kayla Goforth, da Universidade da Carolina do Norte (UNC), e publicado na revista Nature, oferece a primeira evidência concreta de que esses animais não apenas se orientam, mas também memorizam coordenadas magnéticas.  

O processo exato ainda é um mistério, mas pesquisadores observaram que, ao encontrar locais favoráveis, as tartarugas executam movimentos específicos, quase como uma dança, em resposta às assinaturas magnéticas associadas ao alimento.

Experimento

No experimento feito pelo estudo, tartarugas cabeçudas jovens foram colocadas em um tanque com uma bobina magnética simulando o campo do Oceano Atlântico. Durante dois meses, o campo magnético foi alterado, e as tartarugas eram alimentadas apenas quando o campo correspondia a uma área específica, segundo o site da UNC.

Quando detectavam o sinal magnético relacionado à comida, exibiam uma "dança", movendo nadadeiras, abrindo a boca e girando em círculos. Esse comportamento foi mais intenso quando sabiam que haveria alimento. Mesmo meses depois, as tartarugas repetiam os movimentos ao identificar a assinatura magnética, confirmando que elas memorizam as características magnéticas de locais específicos.

A ciência ainda investiga como os animais captam informações magnéticas, com uma teoria sugerindo que alguns detectam o campo por meio de uma reação química entre moléculas sensíveis à luz, repercute o site. 

No entanto, ao interferir com campos de radiofrequência, as tartarugas não alteraram seu comportamento, continuando a "dança" normalmente. Em outro experimento, a radiofrequência afetou as bússolas internas das tartarugas, desorientando-as e fazendo com que se movessem aleatoriamente. 

Os pesquisadores sugerem que "o sentido da bússola depende da recepção magnética química, enquanto o sentido do mapa depende de um mecanismo alternativo". Essa hipótese é respaldada pela descoberta de que outros animais migratórios, como aves e anfíbios, também podem ter receptores magnéticos duplos.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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