Cientistas desenvolvem método indolor para substituir biópsias; confira

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As biópsias, procedimento que coleta amostras de tecidos e células, são eficientes para detectar diferentes tipos de câncer e outras enfermidades, como as doenças hepáticas e autoimunes. O exame, no entanto, é considerado desconfortável e pode gerar complicações, o que faz com que muitos o evitem e recebam um diagnóstico tardio. Esse cenário motivou pesquisadores do King’s College London a desenvolver um potencial substituto com nanoagulhas. Conheça:
“Isso permitirá que cientistas – e eventualmente médicos – estudem doenças em tempo real como nunca antes”, afirmou o líder da pesquisa, Ciro Chiappini, em um comunicado à imprensa.
Diferenças entre os adesivos e as biópsias
Para os autores do estudo publicado na Nature Nanotechnology, o principal empecilho do exame tradicional está na impossibilidade de repetir os testes em um curto período de tempo. Isso porque a retirada de fragmentos de tecidos ocasiona feridas na região.
Por isso, com o apoio do Conselho Europeu de Pesquisa, eles se empenharam em criar um método menos invasivo e que traria resultados mais rapidamente. Assim, nasceu um adesivo com agulhas 1.000 vezes mais finas que um fio de cabelo humano.
“Trabalhamos com nanoagulhas há doze anos, mas este é o nosso desenvolvimento mais empolgante até agora. Ele abre um mundo de possibilidades para pessoas com câncer no cérebro , Alzheimer e para o avanço da medicina personalizada”, ressaltou.
A técnica consegue coletar informações moleculares de diversas células de forma indolor, sem retirar ou danificar partes do corpo . De acordo com os profissionais, os indícios de um tumor, analisados por meio de espectrometria de massa inteligência artificial, ficam evidentes em cerca de 20 minutos.
Avanços cirúrgicos
Além disso, o método possibilita verificar se o tratamento está funcionando como deveria e como a doença está progredindo no nível celular. A agilidade do adesivo também permite que os cirurgiões tomem decisões mais rápidas e precisas durante procedimentos cerebrais, já que ele indica em poucos minutos se ainda há a presença de tecido cancerígeno.
“Este pode ser o começo do fim das biópsias dolorosas. Nossa tecnologia abre novas maneiras de diagnosticar e monitorar doenças com segurança e sem dor”, concluiu.


