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Brilho do Sol pode esconder asteroides 'assassinos de planetas'
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Brilho do Sol pode esconder asteroides 'assassinos de planetas'

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Tecmundo
20/11/2023 21h00
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Em uma manhã aparentemente normal de fevereiro de 2013, Chelyabinsk, na Rússia, se tornou o epicentro de um evento astronômico extraordinário. Um meteoro, com a dimensão de um caminhão em movimento, apareceu no céu, obscurecendo o sol por um breve instante e provocando uma explosão de energia que superou em 30 vezes a bomba de Hiroshima.

Este evento, felizmente sem vítimas mortais, partiu janelas em toda a cidade e feriu mais de 1.600 pessoas. Já o meteoro, que ficou conhecido como meteoro de Chelyabinské considerado o maior objeto espacial natural a penetrar em nossa atmosfera em mais de um século.

meteoro de ChelyabinskO meteoro de Chelyabinsk acendeu um alerta na comunidade científica, sobre os possíveis asteroides que podem estar escondidos em nosso Sistema Solar.

Após o ocorrido na Rússia, as agências espaciais intensificaram os seus esforços para mapear o cosmos, buscando identificar objetos próximos à Terra (NEOs). A Agência Espacial Europeia (ESA) estima que objetos do tamanho do meteoro de Chelyabinsk rompem a atmosfera a cada meio século ou mais.

Embora tenhamos identificado mais de 33.000 NEOs, nenhum representa atualmente uma ameaça para o próximo século. No entanto, o verdadeiro perigo reside no desconhecido – os inúmeros asteroides em trajetórias ocultas, capazes de destruir toda a cidade ou mesmo de extinção em massa.

Amy Mainzer, professora de ciências planetárias e investigadora principal das missões de caça a asteroides da NASA, enfatizou a importância da consciência: “O objeto mais problemático é aquele que você não conhece”. A identificação destes objetos permite não só o cálculo do risco, mas também o desenvolvimento de planos de contingência, incluindo desvio ou evacuação, para evitar vítimas em massa.

Infográfico explicando o real perigo dos asteroides.Infográfico explicando o real perigo dos asteroides.

Encontrar asteroides próximos do Sol é desafiante. Os telescópios terrestres têm limitações devido ao brilho solar e às breves janelas crepusculares disponíveis para a observação. Os telescópios espaciais têm um desempenho melhor, pois podem usar imagens infravermelhas para detectar o calor dos asteroides, tornando-os visíveis até mesmo no escuro.

O NEO Surveyor da NASA e o NEOMIR da ESA serão lançados em uma década, equipados com imagens infravermelhas e projetados para procurar asteroides nas proximidades do Sol. Estas missões prometem melhorar a nossa defesa planetária, potencialmente detectando até pequenos objetos como o meteoro de Chelyabinsk bem antes do impacto.

Animação AsteroidesAtualmente a NASA conhece mais de 33.000 NEOs, mas a região ao redor do Sol ainda é um grande mistério.

Enquanto aguardamos, os astrônomos utilizam métodos terrestres, esforçando-se para descobrir os perigos ocultos do Sol. Apesar dos desafios, o otimismo permanece elevado à medida que cada nova descoberta acrescenta uma peça ao quebra-cabeça da dinâmica complexa do nosso sistema solar. Mainzer incentiva a vigilância e a exploração adicional: "Vá procurar. Faça uma pesquisa melhor e você poderá reduzir bastante a incerteza".

O incidente de Chelyabinsk serve como um lembrete do nosso lugar no cosmos: um mundo não isolado do universo mais vasto, mas profundamente interligado e ocasionalmente à mercê dos seus gigantes errantes.

Mantenha-se atualizado sobre as últimas descobertas da astronomia aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para ver também sobre o estudo da NASA a respeito da natureza metálica do asteroide Psyche.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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