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CEO da OpenAI alerta sobre 'dependência emocional excessiva' do ChatGPT
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CEO da OpenAI alerta sobre 'dependência emocional excessiva' do ChatGPT

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Tecmundo
24/07/2025 17h00
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©Getty Images
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As pessoas estão se tornando emocionalmente dependentes do ChatGPT em excesso, especialmente as mais jovens, o que pode ser um grande problema. Quem afirma é o CEO da OpenAI, Sam Altman, que comentou sobre o tema na última terça-feira (22).

Participando de um evento do Federal Reserve, que atua como o banco central dos Estados Unidos, o chefe da desenvolvedora da popular inteligência artificial generativa compartilhou detalhes sobre o uso da tecnologia. Ele disse que é cada vez mais comum a consulta ao bot para a tomada de decisões, inclusive as mais básicas.

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Sam Altman durante evento do Federal Reserve. (Imagem: Getty Images)

O que Sam Altman disse sobre o uso excessivo do ChatGPT?

De acordo com o CEO, as pessoas estão confiando demais no chatbot da OpenAI, passando a ver a tecnologia como uma espécie de conselheiro para o dia a dia, indo além de um assistente para auxiliar em determinadas tarefas. A startup está preocupada com essa prática.

  • “Há jovens que dizem coisas como: ‘Não posso tomar nenhuma decisão na minha vida sem contar ao ChatGPT tudo o que está acontecendo’. Ele me conhece, conhece meus amigos. Vou fazer o que ele disser”, apontou o programador, como relata o Business Insider;
  • Ainda conforme o executivo, algumas pessoas tratam a IA generativa como um terapeuta que está sempre disponível para ouvir;
  • Mesmo que o bot ofereça bons conselhos, em algumas ocasiões até melhores do que os próprios humanos, Altman diz que viver da maneira sugerida pela IA é algo “ruim e perigoso”;
  • Ele afirmou que a OpenAI quer compreender melhor esse fenômeno para decidir o que fazer a respeito.

Corroborando os detalhes comentados pelo CEO, uma pesquisa recente divulgada pela Common Sense Media aponta que 72% dos adolescentes nos EUA têm “companheiros de IA”, bots projetados para ter conversas pessoais. Mais da metade usa a tecnologia com frequência e confia nos conselhos dados pelos amigos digitais.

O levantamento também aponta que os usuários com idade entre 13 e 14 anos têm enorme dependência emocional das IAs, aparecendo como o grupo mais confiante em seus “conselheiros”. Além disso, quase um terço dos entrevistados acha as interações com os bots tão ou mais satisfatórias do que as conversas com amigos reais.

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Usuários mais jovens são os mais propensos a dependerem emocionalmente do ChatGPT. (Imagem: Getty Images)

Psicose induzida por IA

O uso em excesso do ChatGPT e outras ferramentas semelhantes tem levado ao aumento de casos de “psicose induzida por IA”, como relatou o The New York Times no mês passado. A psicose induzida leva a delírios e alucinações mais intensas causadas por abuso de substâncias químicas, mas neste caso é a tecnologia que desencadeia a condição.

Em um dos casos abordados pela reportagem, um contador de 42 anos passou a ter conversas perturbadoras com a IA da OpenAI que, inicialmente, era usada para auxiliar em seu trabalho. No entanto, o uso constante da solução resultou em um debate entre ele a máquina sobre a “teoria da simulação”, popularizada no filme Matrix.

Depois de inúmeras conversas a respeito do tema, o usuário passou a acreditar que vivia em um universo paralelo e recebeu sugestões para “desconectar” a sua mente da realidade. A interação quase terminou em tragédia, o que só não aconteceu após o homem desconfiar de manipulação feita pela IA.

A matéria também mostrou outros casos em que as interações levaram a crises existenciais e teorias da conspiração. Segundo o psicólogo Todd Essig, isso pode ter relação com o modo de interpretação de papéis do ChatGPT, que não é bem compreendido por alguns usuários, fazendo-os acreditar que estão conversando com pessoas reais.

E você, consulta sua IA favorita com frequência ou prefere usá-la moderadamente? Comente nas redes sociais do TecMundo.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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