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Microsoft diz que suas tecnologias não 'feriram pessoas' em conflito na faixa de Gaza
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Microsoft diz que suas tecnologias não 'feriram pessoas' em conflito na faixa de Gaza

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Tecmundo
19/05/2025 13h27
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©Michael M. Santiago/Getty Images
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A Microsoft fez um estudo que concluiu que tecnologias fornecidas pela companhia não foram usadas por militares no atual conflito entre Israel e palestinos. O objetivo da companhia é se defender de acusações sobre a participação da marca em ataques promovidos contra o território da faixa de Gaza.

De acordo com uma publicação no blog oficial da empresa, a Microsoft contratou uma empresa externa e fez uma avaliação própria para rever contratos e usos militares de tecnologias como inteligência artificial (IA) e as ferramentas na nuvem Azure. O processo ao todo teria levado duas semanas.

O estudo envolveu entrevistas com funcionários e a leitura de documentos. Como resultado, ela diz que "não encontrou evidência até agora de que o Azure e tecnologias de IA foram usadas para identificar ou ferir pessoas no conflito em Gaza".

Quais as acusações contra a Microsoft?

Essa não é a primeira vez que funcionários expressam o descontentamento com a Microsoft pelo uso militar de tecnologias da empresa. Em 2019 , um grupo reprovou publicamente o estabelecimento de contratos entre a companhia e militares dos Estados Unidos para uso do headset de realidade mista HoloLens.

O lado da Microsoft

As duas mulheres que interromperam os discursos na conferência foram demitidas logo depois pela Microsoft . Segundo a empresa, elas se manifestaram para “ganhar notoriedade e causar o máximo de perturbação” no evento.

Na publicação sobre o estudo, a marca diz que o contrato com Israel é padrão para uso comercial de tecnologias, seguindo políticas de uso e um código de conduta que deve ser seguido pelo cliente. Haveria até uma proibição de que os serviços sejam usados para "ferir indivíduos ou organizações ou afetar pessoas em qualquer forma que seja proibida pela lei".

"A Microsoft tem há tempos defendido a cibersegurança do Estado de Israel e as pessoas que vivem lá. Nós também nos comprometemos faz tempo com outras nações e pessoas ao longo do Oriente Médio. Nosso compromisso com direitos humanos guia como nós nos envolvemos em ambientes complexos e em como nossa tecnologia é usada", diz o comunicado.

Além disso, a empresa fala que "compartilha a preocupação profunda" com a perda de vidas em Israel e Gaza e "apoia assistência humanitária" em ambos os lugares.

Brechas no estudo

Porém, a própria Microsoft reconhece que burlou as próprias políticas para ajudar o governo de Israel no resgate de reféns em 7 de outubro de 2023. Além disso, a empresa reforça que mesmo a avaliação interna não consegue revisar tudo o que foi feito com as tecnologias da empresa por militares.

O estudo, por exemplo, não consegue saber "como os clientes usam o software em seus próprios servidores ou outros dispositivos" e nem como essas tecnologias são adotadas "a partir de servidores de outras provedoras de nuvem". Em outras palavras, apesar da conclusão da Microsoft, ela mesma não garante que irregularidades fora do radar da empresa não tenham acontecido — mas se isenta de eventuais responsabilidades nestes casos.

Quem apontou essas inconsistências foi o grupo No Azure for Apartheid . O grupo ativista tem ex e atuais funcionários da empresa como integrantes, inclusive as colaboradoras demitidas, e criticou a defesa da companhia sobre os contratos militares. 

Quer saber o que aconteceu com o Kinect o ousado sensor de movimento lançado para o Xbox e que tinha até um brasileiro envolvido na criação? Confira este especial preparado pelo TecMundo !

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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