O que causou o misterioso 'rastro fantasma' em imagem registrada no Google Maps?

Tecmundo






A imagem de um objeto estranho sobrevoando o Texas, nos Estados Unidos, gerou discussão entre usuários do Reddit nos últimos dias, que a encontraram durante pesquisa no Google Maps . Ela mostra algo cruzando a atmosfera em altíssima velocidade e com uma sequência de sombras, deixando um rastro “fantasmagórico”.
Em meio a muitas teorias sobre o que seria o objeto em questão, o astrofísico do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, Jonatham McDowell, parece ter solucionado o mistério. De acordo com ele, trata-se de um satélite Starlink V2 mini, fotografado enquanto voava a uma velocidade superior a 27.000 km/h.

Por que o satélite deixou sombras na foto?
Ainda conforme o especialista, o registro foi feito pelo satélite de observação Plêiades, da Airbus, em 30 de novembro de 2024. A imagem capturada é de uma versão mais recente de um integrante da constelação da Starlink que conta com dois painéis solares laterais e envergadura de 30 m — a geração anterior tinha apenas um painel.
Mas no caso deste satélite da Starlink, a altíssima velocidade na qual ele se deslocava, em relação ao Pleiades acabou atrapalhando a fusão das faixas em uma só imagem. Dessa forma, o resultado final foi o “efeito fantasma” visto no registro do Google Maps.
Isso pode ser considerado uma limitação técnica dos sensores fotográficos atualmente utilizados para fazer imagens como esta. Aparentemente, eles possuem alguma dificuldade para registrar objetos se deslocando em altas velocidades na órbita terrestre .

Quais são os diferenciais do Starlink V2 mini?
Nova geração dos satélites da constelação administrada pela SpaceX, o V2 mini apresenta melhorias em relação à versão anterior que vão além do painel solar extra. Ele conta com autonomia e potência de processamento local aprimoradas, além de maior capacidade de transmissão de dados.
Com isso, a empresa de Elon Musk espera conseguir ampliar a cobertura do serviço de internet via satélite , levando a conexão para mais lugares remotos que não oferecem acesso às redes de fibra óptica convencionais. São mais de 2,6 milhões de usuários globalmente, dos quais cerca de 200 mil no Brasil.
A versão mais recente do satélite também traz novos mecanismos para evitar colisões espaciais . As atualização foram baseadas nas últimas exigências feitas pela Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC) e a Agência Espacial Europeia (ESA).
O serviço conta, no momento, com mais de 6 mil satélites em órbita terrestre baixa, variando de 340 km a 1.200 km de altitude. Operando mais perto da superfície, a rede consegue oferecer conexão com baixa latência, atendendo às demandas que exigem resposta rápida, como jogos, transmissões ao vivo e telemedicina.
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