Por que as ações da Apple caíram depois do anúncio do iPhone 17?

Tecmundo








A Apple apresentou nesta terça-feira (9) uma série de novidades ao público em termos de dispositivos. Em uma conferência que contou com a cobertura completa do TecMundo, inclusive com a tradução simultânea do evento, a marca revelou novos eletrônicos e até uma nova versão do iPhone.
As revelações incluíram a chegada de novos AirPods e atualizações nas gerações do Apple Watch, que ficaram mais finos e com mais recursos de monitoramento de saúde. O destaque, porém, está na linha iPhone 17 e na estreia do iPhone Air, que é o smartphone ultrafino da Maçã.

Só que o mercado não reagiu com tanta empolgação ao evento. Na verdade, as ações da companhia — que normalmente sobem quando o anúncio é considerado bem-sucedido por Wall Street — apresentaram até uma leve desvalorização no fechamento do dia de negociações.
No momento de publicação desta matéria, as ações da empresa caíram 0,31% em relação ao dia anterior, sendo que a queda chegou a 1,5% logo após o fim da conferência. O consenso do mercado não é de pessimismo, mas a entrega parece ter sido menor do que a expectativa.
O que explica a reação do mercado?
De acordo com analistas que acompanharam o evento e a movimentação de ações da marca, o principal problema da Apple na conferência não esteve nos produtos apresentados, mas na falta de algo a mais. A ausência de surpresas e ousadias, que costumam ser típicas da marca, desagradou quem esperava por um maior impacto.
Além de todos os lançamentos vazarem antes do tempo, as atualizações em fones de ouvido, relógios inteligentes e smartphones foram consideradas mais protocolares. Em especial no iPhone 17, não há fatores tão relevantes a ponto de justificar uma migração em massa para os novos modelos em comparação com os do ano passado, por exemplo.
Entre as principais novidades da linha estão recursos de câmera e alterações leves no design, com diferenciações mais notáveis entre o modelo convencional e as variantes Pro e Pro Max. Até mesmo o iPhone Air, que é a estreia na família, já encontra um rival que está há alguns meses no mercado: o Samsung Galaxy S25 Edge.
Outro ponto que levou o mercado a reagir com frieza ao evento está na falta de novidades em um setor que tem empolgado investidores: a inteligência artificial (IA). Com dificuldades no desenvolvimento da nova Siri e poucas adições ao conjunto de ferramentas Apple Intelligence, hoje a conclusão é de que a Maçã ficou para trás da concorrência nesse segmento.
Ações podem voltar a subir rapidamente
Alguns analistas, porém, acreditam na recuperação do patamar das ações em no máximo dois meses e em um potencial de crescimento. Em outubro, a marca apresentará um novo relatório fiscal do trimestre já com as vendas iniciais dos novos produtos.
Um dos motivos para otimismo é o possível aumento de receita que a própria empresa vai apresentar após o lançamento dos aparelhos. Apesar de não promover mudanças bruscas nos preços, como era esperado em especial pelas tarifas aplicadas por Donald Trump sobre importações, a empresa extinguiu a versão de 128 GB na linha Pro — o que aumenta o preço de entrada para quem optar por essa variante.

Outro ponto considerado pelos especialistas está no fato de consumidores que já estão com o mesmo aparelho há algum tempo provavelmente escolherem a atual geração para atualizar o dispositivo. Além disso, o novo par de fones de ouvido AirPods com recurso de tradução em tempo real, que não exigem o uso de aparelhos como smartphones para acompanhar uma conversa, foi um produto visto com alto potencial.
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