A maior mentira presente na cinebiografia de Freddie Mercury, segundo organizador do Live Aid

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A icônica performance de Freddie Mercury com o Queen no Live Aid de 1985 é frequentemente lembrada como uma das mais impactantes da história da música ao vivo.
A cinebiografia 'Bohemian Rhapsody' (2018) retratou com destaque esse momento, com Rami Malek interpretando Mercury em uma atuação que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator. No longa, o show do Queen é apresentado como o principal responsável pelo aumento repentino das doações para o evento beneficente, criado para combater a fome na Etiópia.
No entanto, o músico e organizador do festival, Bob Geldof, afirmou em entrevista ao New York Times que essa representação não é totalmente precisa. Segundo ele, embora a apresentação do Queen tenha sido brilhante, o grande pico nas doações ocorreu apenas após o show de David Bowie, que subiu ao palco logo em seguida.
"O filme não foi correto", disse Geldof, de acordo com a revista Monet. "O Queen foi completamente, absolutamente brilhante. Mas as linhas telefônicas colapsaram depois que o David Bowie se apresentou’."
Geldof revelou ainda que Bowie ficou profundamente comovido ao ver imagens de crianças etíopes em situação de fome.
"O David estava chorando [antes do show] e disse que cortaria uma música do set para mostrar as imagens. Foi um momento extraordinário durante o show, porque no final de 'Heroes', que o público estava cantando, ele introduziu o clipe em silêncio e pediu para as pessoas enviarem dinheiro. Foi como um tapa na cara. O Bowie arrasou. Esse foi o momento chave", disse Geldof.
Um grande sucesso
Apesar da controvérsia sobre a ordem dos acontecimentos, 'Bohemian Rhapsody' foi um sucesso de crítica e público. Além do Oscar de Melhor Ator, o filme venceu nas categorias de Melhor Edição, Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som, consolidando-se como uma das mais celebradas cinebiografias musicais.


