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Ministério Público da Bahia recebe denúncia por racismo contra Claudia Leitte
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Contigo!
19/12/2024 18h46
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A cantora Claudia Leitte está sendo alvo de uma denúncia formalizada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), que apura uma possível atitude discriminatória envolvendo a alteração da letra da música Caranguejo. Durante uma apresentação em Salvador, Claudia substituiu a frase "Saudando a rainha Iemanjá" por "Eu canto meu Rei Yeshua", o que gerou críticas e acusações de intolerância religiosa e racismo.

A denúncia foi apresentada por Iyalorixá Jaciara Ribeiro, sacerdotisa do Ilê Axè Abassa de Ogum, e pelo Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro). Segundo os representantes, a atitude da cantora “degrada e difama” símbolos sagrados das religiões afro-brasileiras. “Não se trata de improvisação ou criação artística, mas de um ato deliberado”, explicou Hédio Silva Jr., advogado das partes envolvidas.

De acordo com o documento que o UOL teve acesso, a mudança na letra da música não foi registrada oficialmente no ECAD, o que pode abrir caminho para uma acusação adicional de falsidade ideológica. O advogado também pontuou que essa atitude reforça um histórico de desvalorização cultural e religiosa, especialmente quando praticada por figuras públicas com grande alcance. Caso o Ministério Público aceite a denúncia, as investigações poderão resultar na coleta de provas e no encaminhamento do caso à Justiça.

SECRETÁRIO FAZ CRÍTICA

A polêmica ganhou ainda mais repercussão nas redes sociais e chamou a atenção de figuras como Pedro Tourinho, secretário de Cultura de Salvador. Em uma publicação, Tourinho criticou a mudança na letra da música, afirmando que a exclusão de referências a orixás em canções utilizadas como ícones culturais “reforça atitudes racistas sob o pretexto de escolhas pessoais ou artísticas”.

Claudia Leitte ainda não se manifestou publicamente sobre o caso. O vídeo da apresentação, ocorrido durante um ensaio de verão no Candyall Guetho Square, em Salvador, no último sábado (14), viralizou rapidamente, reacendendo debates sobre intolerância religiosa e a apropriação de elementos da cultura afro-brasileira. Até o momento, a assessoria da artista não respondeu aos pedidos de comentário.

 

Leia a matéria original aqui.

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