'Jurassic World: Recomeço' — Eles estão de volta!

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Por Neely Swanson* para o Beverly Hills Courier
No gênero de filmes de ficção científica "e se", com muito mais ficção do que ciência, chega mais uma adição à coleção "Jurassic Park". No sétimo da franquia, os produtores sabiamente retornaram a David Koepp, o mestre contador de histórias dos dois primeiros filmes "Jurassic Park". Mergulhando de volta no romance original de Michael Crichton, ele e Steven Spielberg, o diretor dos dois primeiros filmes e produtor executivo dos outros, encontraram várias passagens que amaram mas não tinham usado e novas cenas de dinossauros nasceram (ou suponho que renasceram). Talvez o mais surpreendente sobre "Recomeço" seja o quão bem ele funciona, apesar da futilidade de sua premissa. Mas, por outro lado, trazer os dinossauros de volta à Terra foi hilariamente insano e, em última análise, realmente assustador.
A franquia sempre conseguiu atrair grandes estrelas como Chris Pratt e Sam Neill para os papéis principais, mas cada filme que se seguiu ao original ofereceu menos. "Jurassic World: Recomeço" não chega perto do original; afinal, a originalidade foi por água abaixo depois do primeiro filme. Mesmo assim, bastou misturar alguns elementos da franquia "Jurassic World" — juntamente com um roteiro melhor, atuações de qualidade e emoções e arrepios maiores e mais assustadores —, mexer essa panela até ferver e o resultado é um filme divertido para seu público-alvo, de maiores de 13 anos.
Martin Krebs, um executivo da grande indústria farmacêutica, procura Zora Bennett, uma ex-agente das forças especiais que se voltou para o lado negro, tornando-se uma mercenária, para montar uma equipe e romper as barreiras da ilha equatorial onde os últimos dinossauros foram isolados. Uma montanha de dinheiro a aguarda no fim deste arco-íris. Os dinossauros não conseguiram prosperar nos parques criados para eles e os que sobreviveram foram enviados para um ambiente mais amigável na costa do Suriname, na América do Sul. Ela trabalhará com o Dr. Henry Loomis, um paleontólogo especialista em tudo relacionado ao Mesozoico, cujo museu está fechando. A febre dos dinossauros acabou e com ela seu emprego no museu. Zora avalia o professor e, sabendo que precisará de mais força, contrata os serviços do parceiro de longa data Duncan Kincaid, agora aposentado em uma ilha tropical. Como Zora explica a Krebs, ela precisa de Kincaid, sua tripulação e seu barco, ou então ela não aceita o trabalho. Ela, dissimuladamente, extrai mais um caminhão de dinheiro de Krebs para esta missão. E qual é a missão? Por que eles precisam ir para a proibida e ameaçadora Ilha de Saint-Hubert? Existem lá três espécies diferentes de dinossauros, uma terrestre (Titanossauro), uma aquática (Mosassauro) e uma aviária (Quetzalcoatlus), com DNA que revolucionará a medicina cardíaca. Esses animais têm corações enormes que lhes permitem viver um século ou mais, e seu DNA é parte essencial de um novo medicamento que a empresa de Krebs está desenvolvendo. Há uma grande possibilidade de que esse novo medicamento evite o desenvolvimento de doenças cardíacas por quase duas décadas.
E eles partem para a ilha equatorial. O encontro com a primeira fera aquática lembra aquela famosa frase de "Tubarão": "Acho que vamos precisar de um barco maior."
Koepp e o diretor Gareth Edwards sentiram a necessidade de aumentar as apostas. E aumentaram, adicionando civis à mistura. Reuben Delgado, um pai divorciado decidiu levar suas filhas Isabella e Teresa e o namorado inútil de Teresa, Xavier, em uma viagem de barco ao redor do mundo em suas férias de verão. Logo no início, fica claro que Reuben já se esforçou mais do que pode para lidar com a situação, tanto no mar quanto em relacionamentos familiares difíceis. Definitivamente fora do curso, a vida se torna traiçoeira quando eles encontram um Mosassauro, um réptil gigante do mar que viveu na mesma época em que os dinossauros andavam pela Terra e uma das criaturas cujo DNA está sendo procurado pelo grupo de Krebs. O barco deles vira e a família consegue chegar, mesmo que por pouco, à costa rochosa de uma ilha à frente. Usando o walkie-talkie, eles fazem uma ligação urgente com Kincaid, que, contra a vontade de Krebs, faz um desvio para salvar a família. Um grupo de foras da lei encontra uma família íntegra e sem noção, e a jornada começa.
Haverá sangue, haverá arrepios e emoções e, sim, haverá mortes, mas é sempre a toda a velocidade para obter o DNA dos dinossauros e salvar a humanidade. Mas por trás da aventura e da jornada perigosa está a questão do benefício. Quem ganha? Quem perde? Quais são as alternativas enquanto nossa intrépida Zora e o paleontólogo altruísta avançam para capturar o DNA sem serem capturados? Eles finalmente desembarcam na ilha proibida que antes abrigava um laboratório de genética, e não demora muito para que Loomis perceba que a maioria das criaturas que eles estão encontrando são mutantes, levando o perigo a um nível ainda maior.
É incrível como Edwards consegue fazer disparar o pânico enquanto as criaturas são manipuladas com o máximo de efeito aterrorizante. Eu te desafio a não pular da cadeira repetidamente. Com certeza você se preocupa com os personagens, que enfrentam perigos mortais constantemente, especialmente a pequena e fofa Isabella Delgado. Mas manipulação é o nome do jogo, e é em você, o público, que os cineastas estão mirando.
Embora as feras em si sejam envolventes e aterrorizantes, o que diferencia este filme de seus antecessores na franquia são os atores, e eles são maravilhosos. A química entre Scarlett Johansson (Zora) e Jonathan Bailey (Loomis) é palpável, mas quase casta. Cada um se sente atraído pelo outro sexual e intelectualmente, mas isso não os distrai da missão. E não atrapalha que os dois sejam incrivelmente bonitos. Eles vendem suas personas com eficácia — a pequena Johansson como uma mercenária durona e Bailey como um supercérebro. Mahershala Ali (Kincaid), com seus dois Oscars, está presente para dar profundidade à atuação e proteção paternal, enquanto Rupert Friend (Krebs) interpreta o vilão muito bem. A família Delgado, liderada por Manuel Garcia-Rulfo como Reuben, o pai, é menos eficaz, mas os cineastas sentiram a necessidade de adicionar civis vulneráveis à mistura. Pessoalmente, senti que eles desaceleraram a ação. Porém, fazer essa crítica é como espancar uma foca bebê porque você não ficou nervoso com uma criança de 11 anos prestes a ser devorada por um dinossauro mutante — ou se emocionou com um bebê animatrônico Aquilops que a criança batizou de Dolores.
O design de produção de James Clyne, as locações na Tailândia e em Malta, a cinematografia de John Mathieson e os departamentos de efeitos visuais têm de dividir o destaque com os designers de animatrônicos, porque o filme é tanto sobre as pessoas lutando contra a natureza quanto sobre as criaturas contra as quais elas lutam.
A premissa pode ser ridícula, mas o filme funciona. Ele precisa ser visto na maior tela possível, com público, para que o medo se torne realidade. Você vai pular, gritar, prender a respiração mas, acima de tudo, vai se divertir.
* Neely Swanson passou a maior parte de sua carreira profissional na indústria televisiva, quase toda trabalhando para o produtor David E. Kelley. Em seu último cargo em tempo integral como Vice-Presidente Executiva de Desenvolvimento, ela revisou propostas de escritores e direcionou conteúdo para adaptação. Como ela mesma costuma dizer, fazia resenhas de livros para sobreviver. Por vários anos, ela foi redatora freelancer para a revista “Written By”, da WGA West, e foi professora adjunta na USC na divisão de escrita da Escola de Artes Cinematográficas. Neely escreve críticas de cinema e televisão para o “Easy Reader” há mais de 10 anos. Suas resenhas anteriores podem ser lidas no Rotten Tomatoes, onde ela é uma crítica aprovada pelo tomatômetro.
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