Gilberto Gil abre o coração sobre a perda da filha, Preta Gil
Mais Novela

Gilberto Gil prestou uma homenagem à filha Preta Gil durante a missa de sétimo dia da cantora, realizada na Paróquia Santa Mônica, no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, na noite desta segunda-feira, 28. Acompanhado da esposa, Flora Gil, e do neto, Francisco Gil — filho único de Preta —, o cantor de 82 anos destacou a herança deixada pela artista, que faleceu aos 50 anos no domingo (20), em decorrência de um câncer.
“Todos sabem no país inteiro que a Preta passou por um longo período de adaptação à partida, ao processo todo de ir embora. A ficha para nós todos, e para ela especialmente, foi caindo aos poucos. Foram dois anos [do tratamento da cantora contra o câncer]”, disse Gil.
Aprendizado
Ele reconheceu que a luta enfrentada por Preta mexeu profundamente com toda a família. “O que fica mais acentuado no pesar da perda é o fato de que houve um sofrimento muito grande dela. É a coisa da qual, digamos assim, a gente mais se ressente, né? Fica do sentimento um ressentimento, não é? Pelo fato de que ela tenha tido um período muito grande [de sofrimento]. O que também, por outro lado, ajudou na luta dela para essa adaptação, para esse acompanhamento que ela fez”, frisou o artista, referindo-se ao processo de tratamento da filha.
Sobre a celebração, Gil afirmou que é uma ocasião para reunir os entes queridos e manter viva a memória de Preta. “É como todos que virão daqui para frente quando estivermos em família, quando estivermos um círculo de amigos. E mais do que no caso dela, toda a nação brasileira, o povo inteiro que nutriu por ela um afeto muito grande. A lembrança dela vai ficar permanentemente conosco, com todos nós”, afirmou o cantor.
Gil também falou sobre o significado da trajetória da filha. “Eu acho que a vida, especialmente num período da história da humanidade em que vivemos tantas tribulações, enfim, por causa das dificuldades do fluxo do afeto, o afeto tem sido muito represado, enfim, muito muito colocado em pequenas caixinhas para manipulação de uns e de tantos….”, pontuou.
“Nesse sentido, é o fato da dada lembrança dela, da memória dela ter uma circulação muito grande, muito permanente, é um consolo, é um contraponto a essas dificuldades de afirmação do afeto pelas quais o mundo passa ultimamente”, acrescentou Gil. “A partida dela também tem essa contribuição, contribui para nós sermos mais amorosos e mais afetivos”, finalizou.
Ver essa foto no Instagram
