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Vídeo do pronunciamento de Leo Lins sobre condenação bate recorde no YouTube
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Vídeo do pronunciamento de Leo Lins sobre condenação bate recorde no YouTube

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06/06/2025 22h44
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Na última quinta-feira, 05, Leo Lins publicou um vídeo em suas redes sociais no qual comentou sua condenação, anunciada no começo da semana: oito anos e três meses de prisão por piadas consideradas discriminatórias em um vídeo veiculado em seu canal no YouTube.

O vídeo, intitulado “Sobre a minha prisão”, teve 2.659.108 visualizações e 50.451 comentários até as 18h de hoje. No pronunciamento, o humorista afirma que, durante seus shows, assume um personagem humorístico que faz piadas provocativas, mas também realiza críticas sociais.

Ele cita o filósofo Simon Critchley ao falar sobre o conceito de humor, e critica o fato de a juíza ter usado a Wikipédia como base teórica para fundamentar a condenação, o que, segundo ele, enfraquece a decisão judicial.

“Estamos vivendo uma das maiores epidemias de todos os tempos: a da cegueira racional. Os julgamentos estão sendo feitos puramente com base na emoção, e ninguém quer ouvir o outro lado”, declarou.

Leo Lins considera alarmante a forma como a magistrada interpretou seu trabalho: “Isso revela uma limitação cognitiva grave”, disse.

Ao comentar partes da decisão judicial, ele destaca a frase da juíza que diz que “mesmo que fosse um personagem, ainda assim haveria crime”. Ele responde com ironia: “Se o personagem comete crime, então podemos prender a atriz que faz a vilã na novela, ou o ator que interpreta um criminoso em filmes e séries.”

O comediante também traça um paralelo com a Roma antiga: “A sociedade virou um espetáculo sangrento. Cada grupo vibra quando o suposto adversário cai ou é jogado aos leões, enquanto a plebe se mata e os imperadores assistem do camarote, invioláveis e intocáveis.”

A juíza responsável pelo caso, Bárbara de Lima Iseppi, considerou como agravantes o grande alcance do vídeo — que ultrapassou três milhões de visualizações — e o número de grupos ofendidos.

Conforme a sentença, as apresentações de Lins “incentivam a propagação de violência verbal” e “fomentam a intolerância”. A juíza também afirma que “a liberdade de expressão não é pretexto para a emissão de comentários odiosos, preconceituosos e discriminatórios.”

Além da pena de prisão em regime fechado, Leo Lins foi condenado ao pagamento de uma multa correspondente a 1.170 salários mínimos de 2022 — aproximadamente R$ 1,4 milhão — e a uma indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos.

Veja:

 

 

 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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