GP do Japão: a idolatria do país asiático com Ayrton Senna
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Ayrton Senna cativou todo o globo com o seu carisma e sua habilidade nas pistas. O ídolo nacional do automobilismo representou o Brasil na Fórmula 1 e deixou o seu nome na história. Ainda que seja uma lenda mundial para leigos e fãs do esporte a motor, um país em especial (além de sua terra natal) se encantou com o piloto.
Mesmo após o seu falecimento, o Japão faz questão de deixar evidente a sua idolatria por Senna. É importante destacar que o brasileiro conquistou os seus três campeonatos mundiais (1988, 1990 e 1991) no país asiático. Josef Leberer, que foi preparador físico de Ayrton, detalhou ao blog “Voando Baixo” como ele era recebido no Grande Prêmio.
“A idolatria do povo japonês com Senna é impressionante. Por onde andava era um assédio enorme. Quando o viam, era algo como um rockstar, alguns pareciam até que iam desmaiar. Para os japoneses, Senna era Deus”, contou o austríaco. “Claro que a admiração tem a ver com as conquistas, mas também pela identificação deles com os valores do Ayrton [Senna], como determinação, força de vontade e superação”.
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As vitórias em Suzuka não eram especiais somente pelo lugar onde ocorriam, mas também, pela maneira com que eram conquistadas. Senna brilhou nas pistas ao lado da Honda e trouxe mais visibilidade para a marca japonesa. A empresa, inclusive, só ofereceu seus motores à McLaren sob a condição de ter o brasileiro no volante, já que buscavam uma figura heroica para representá-los.
Além da longa parceria de sucesso com a Honda, a conduta de trabalho de Senna também teria sido uma das características responsáveis por conquistar o Japão. Ayrton chegou a receber alcunhas honrosas da população do país, como “samurai” e “príncipe supersônico”.
Em entrevista concedida em 1993, Senna descreveu a construção do laço: “Naturalmente, eu trabalhei com a Honda e pude conhecer os japoneses, pouco a pouco [...]. E foram vários anos de cooperação, algo que se iniciou no trabalho, na profissão, e se prolongou na amizade. E foi uma experiência única na minha vida”.
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Ayrton tem seu legado eternizado na cultura pop japonesa, principalmente pela sua narrativa heroica consolidada desde o final da década de 80. O piloto, por exemplo, já foi tema dos mangás bem-sucedidos “GP Boy” e “F. no Senkou: Ayrton Senna no Chousencomo”. Além disso, o criador de Dragon Ball Z, Akira Toriyama, era fã declarado do tricampeão mundial e chegou a conhecê-lo no GP da Alemanha de 1990.
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