Sampaoli alfineta trabalho de Paulo Sousa no Flamengo

Jorge Sampaoli abriu o jogo sobre o trabalho de Paulo Sousa no Flamengo. Na última segunda-feira, 22, o treinador concedeu entrevista ao programa "Bem, Amigos", do "SporTV", e deixou claro que não ficou muito contente com o que viu do português na Gávea. Ele apontou um fator determinante para que o seu companheiro de profissão não tivesse sucesso no futebol carioca. 

De acordo com Jorge Sampaoli, Paulo Sousa não conseguiu entender a necessidade de abrir espaço para os jogadores do Flamengo. No entendimento do argentino, o futebol não é comandado pelos treinadores, mas sim pelos jogadores e existe a necessidade de respeitar alguns fatores importantes. Desta forma, para o ex-técnico de Santos e Atlético-MG, esse é um dos motivos que fizeram o português ser demitido no Brasil. 

Ainda segundo o argentino, era difícil entender a campanha do Flamengo no início do Brasileirão. Pela qualidade que o elenco tem e também as opções que ele fornece para o treinador durante a partida, era necessária uma mudança no comando técnico. Sendo assim, para Jorge Sampaoli, Paulo Sousa caiu por não respeitar algumas hierarquias na sua concepção de futebol. 

O Flamengo, no atual estado de ânimos dos jogadores, com a qualidade e a sequência natural de ataque, parece ilógico que esteve em 14º (no Brasileiro). Quando treinador pensa que o jogador tem que se adaptar ao seu estilo e não ao contrário, o fracasso está assegurado. Sigo pensado que futebol não é do treinador, mas dos jogadores", destacou o treinador sobre o trabalho de Paulo Sousa no Flamengo. 

Jorge Sampaoli também falou em relação as suas saídas de Santos e Atlético-MG!

Sobre a saída do Santos, Sampaoli foi claro: "Minha exigência é que precisamos dar passos certos no processo. No Santos, era muito difícil continuar porque havia diferenças com o presidente. Lá, não havia nenhuma possibilidade de melhorar. Não faria sentido trabalhar mais um ano sem possibilidade de melhora". Depois disso, Sampaoli abriu o jogo em relação a sua saída do Atlético-MG rumo a Europa. 

"Tive uma conversa com o Rodrigo Caetano. Falamos de Nacho, Hulk... a ideia era competir com Flamengo e Palmeiras. Para isso, precisávamos dar um salto muito mais ambicioso. Eles vieram, mas naquele momento, chegou o convite do Marselha e a possibilidade de voltar para a Europa. Com o Atlético-MG, tive pouca identidade com a torcida justamente pela pandemia. Foi um ano muito atípico. Cheguei com o estadual já iniciado", finalizou.