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‘Dismorfismo do filtro’: redes sociais distorcem a autoimagem e elevam cirurgias em jovens
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‘Dismorfismo do filtro’: redes sociais distorcem a autoimagem e elevam cirurgias em jovens

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Anamaria
24/09/2025 21h00
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O uso constante de filtros que afinam o nariz, aumentam lábios e deixam a pele perfeita vem mudando a forma como adolescentes enxergam a própria imagem.

O cirurgião plástico Leandro Gregório explica que esse fenômeno já tem nome: “Muitos adolescentes chegam ao consultório trazendo como referência uma selfie editada.

O problema é que a imagem criada por aplicativos não corresponde à anatomia real, e isso pode gerar frustração, baixa autoestima e até decisões apressadas sobre cirurgias”, conta.

Filtros levam adolescentes a fazerem cirurgias cada vez mais cedo. Foto: FreePik
Filtros levam adolescentes a fazerem cirurgias cada vez mais cedo. Foto: FreePik

Cirurgias cada vez mais precoces

Dados recentes mostram que o número de procedimentos estéticos em menores de 18 anos está em crescimento. Entre os mais procurados estão a rinoplastia, preenchimentos labiais e lipoaspiração em áreas específicas.

Especialistas alertam que, além dos riscos físicos inerentes às cirurgias, essas intervenções podem afetar o desenvolvimento emocional e psicológico de jovens ainda em formação.

Para Gregório, a responsabilidade do médico vai além da técnica. “O cirurgião deve atuar como moderador de expectativas, explicando os limites da medicina e a diferença entre o real e o virtual, orientar sobre a idade e maturidade adequadas para os procedimentos e, sempre que possível, oferecer alternativas menos invasivas acompanhando de perto a saúde mental do paciente”, ressalta.

Quando o bisturi não é a resposta

Segundo o especialista, é preciso enxergar o cirurgião plástico como um guardião do bem-estar, capaz de recusar demandas quando elas não fazem sentido para a saúde do paciente.

“Nem todo desejo de mudança deve ser atendido com bisturi. Muitas vezes, o mais importante é orientar, recusar procedimentos desnecessários e encaminhar para acompanhamento psicológico quando for o caso”, finaliza Gregório.

Resumo: 

O uso excessivo de filtros digitais vem provocando o chamado “dismorfismo do filtro”, em que adolescentes desejam se parecer com suas versões editadas. O cirurgião plástico Leandro Gregório alerta que a procura precoce por cirurgias plásticas cresce nesse cenário, mas reforça que o papel do médico é orientar, proteger e priorizar a saúde física e emocional dos jovens.

Leia também:

Os filtros do Instagram acabaram?

Leia a matéria original aqui.

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