Obesidade: 7 sinais de que seu corpo está pedindo ajuda

Anamaria






Fadiga, dores nas articulações, sono ruim e até dificuldade para engravidar: muitos desses sintomas podem parecer isolados, mas, juntos, revelam o impacto silencioso da obesidade sobre o corpo.
Segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2025, mais de 30% dos adultos brasileiros convivem com a doença atualmente, número que tende a crescer ainda mais nos próximos anos.
Em pouco mais de duas décadas, o índice de obesidade no Brasil mais que dobrou, saltando de 12% em 2003 para quase 27% em 2019. E as projeções são preocupantes: até 2044, quase metade dos adultos do país pode estar obesa, segundo o relatório.
“Estamos diante de uma epidemia silenciosa. Esses números vão além de estatísticas e refletem milhões de brasileiros que já convivem com limitações físicas, dores, doenças crônicas e impactos emocionais decorrentes da obesidade”, afirma a médica nutróloga Bruna Durelli, fundadora da clínica LevSer Saúde.
Apesar de muitos ainda tratarem a obesidade apenas como uma questão estética, ela é uma condição crônica que afeta vários sistemas do organismo e costuma dar sinais claros de que a saúde está em risco. A seguir, listamos os principais alertas que o corpo envia quando o excesso de peso começa a causar prejuízos.
7 sinais de que a obesidade já está afetando sua saúde
1. Cansaço em tarefas simples
Subir escadas, caminhar pequenas distâncias ou até realizar atividades do cotidiano podem exigir muito mais do corpo quando há sobrecarga no sistema cardiorrespiratório. É comum confundir com sedentarismo, mas o esforço extra pode indicar que o coração e os pulmões estão sofrendo.
2. Roncos intensos e sono fragmentado
A apneia do sono é comum em pessoas com obesidade, especialmente quando há acúmulo de gordura na região do pescoço e do abdômen. Os roncos altos, o sono interrompido e a sonolência durante o dia merecem atenção.
3. Aumento da gordura abdominal
A chamada obesidade visceral está diretamente ligada ao risco de doenças como diabetes tipo 2, hipertensão e inflamações crônicas. A circunferência abdominal é hoje um dos principais indicadores de risco metabólico.

4. Menstruação irregular e infertilidade
Nas mulheres, o excesso de tecido adiposo pode causar desequilíbrios hormonais, alterando o ciclo menstrual e dificultando a gravidez. Em muitos casos, há associação com síndrome dos ovários policísticos.
5. Dores nas articulações
Joelhos, tornozelos e coluna sofrem com o peso extra. A sobrecarga favorece o desgaste precoce das articulações, podendo gerar quadros como artrose, hérnias e dores persistentes.
6. Baixa autoestima e isolamento social
A obesidade também afeta a saúde mental. Além do sofrimento com a imagem corporal, muitas pessoas evitam o convívio social, o que pode agravar quadros de ansiedade e depressão.
7. Cicatrização lenta e infecções frequentes
O excesso de gordura compromete a circulação e a resposta inflamatória do organismo. Isso dificulta a cicatrização de feridas e aumenta o risco de infecções de pele, principalmente após procedimentos cirúrgicos.
“Se continuarmos ignorando os sinais que o corpo nos dá e tratando o excesso de peso apenas como uma questão estética, seguiremos ampliando esse abismo entre o cuidado ideal e a realidade da saúde pública no país”, conclui Durelli.
Resumo:
A obesidade é uma condição que vai muito além do peso na balança. Cansaço excessivo, dores, infertilidade e sono ruim podem ser sinais de alerta do corpo. Reconhecer esses sintomas e buscar ajuda médica pode evitar complicações mais graves e melhorar a qualidade de vida.


