Açúcar "escondido" em certos alimentos é mais prejudicial do que comer apenas um docinho; entenda

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O açúcar é um carboidrato simples, fonte de energia rápida para o corpo. Está presente naturalmente em frutas, legumes, leite e derivados, mas também é adicionados pela indústria para realçar o sabor, melhorar a textura e aumentar a durabilidade dos produtos. Nesse contexto, ganha nomes diversos e, muitas vezes, passa despercebido nos rótulos.
Especialistas apontam para um inimigo silencioso do nosso dia a dia: o açúcar escondido em produtos aparentemente inofensivos. Segundo a química Angela Quintas para o portal Tudo Gostoso, o maior risco para a saúde não está naquele doce que escolhemos evitar ou que comemos esporadicamente. Mas, sim, naquele açúcar que consumimos sem perceber – e que está disfarçado em pães , iogurtes e até em carnes embaladas.
Consequências do açúcar escondido
O açúcar invisível, segundo a profissional, é o que mais compromete a saúde. Isso porque ele eleva os níveis de glicose no sangue, favorece o acúmulo de gordura e pode contribuir para o desenvolvimento de doenças, como obesidade e diabetes. Muitas vezes, estão presentes até em produtos vendidos como “fitness”, criando uma falsa sensação de segurança.
Além de interferirem no metabolismo , esses açúcares alteram a percepção de fome e saciedade, dificultando o controle do apetite. Isso acontece porque o consumo exagerado estimula a produção de insulina e causa picos de glicose no sangue, um ciclo que favorece o ganho de peso e o desequilíbrio hormonal.
Como identificar açúcares nos alimentos?
A leitura atenta dos rótulos é essencial, embora nem sempre simples. A tabela nutricional mostra a quantidade total de carboidratos , sem detalhar quanto corresponde ao açúcar. Por isso, a lista de ingredientes se torna uma aliada: quanto mais cedo o açúcar aparecer, maior sua presença no alimento.
O problema é que ele raramente aparece como “açúcar” apenas. Pode estar disfarçado sob dezenas de nomes. Mesmo opções como açúcar mascavo, mel ou açúcar de coco são, para o corpo humano, açúcar da mesma forma. Dentre os exemplos mais comuns, estão: glicose, frutose, sacarose, xarope de milho, maltose, dextrose, néctar, melaço, rapadura e açúcar orgânico.
Qual é o limite saudável de consumo?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é que açúcares livres (ou seja, aqueles adicionados aos alimentos ou presentes em sucos , mel e xaropes), representem, no máximo, 10% das calorias diárias. Para uma dieta de 2.000 calorias, por exemplo, isso equivale a cerca de 50g (dez colheres de chá). O ideal mesmo seria limitar esse valor à metade: 25g (cinco colheres de chá por dia).
Para manter uma alimentação equilibrada, a recomendação é clara: priorize alimentos naturais, como frutas, legumes e proteínas frescas. Reduza o consumo de ultraprocessados e desconfie de embalagens que se dizem “saudáveis” demais. Ler os rótulos e entender os ingredientes é o primeiro passo para evitar o açúcar escondido e proteger a sua saúde a longo prazo.


