Mais tempo ao ar livre pode prevenir miopia em crianças e adolescentes; entenda
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Dados do Ministério da Saúde apontam que, atualmente, cerca de 35 milhões de brasileiros têm diagnóstico de miopia. No mundo, esse número é ainda maior e cresce a cada ano. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2050, 50% da população mundial seja míope. A recente descoberta de que passar mais tempo em contato com a natureza ajuda a prevenir a condição, contudo, pode frear esse avanço.
Relação entre o ar livre a miopia
No final de agosto, durante o 69º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, em Curitiba (PR), pesquisadores apresentaram um documento que revela o panorama da doença no Brasil. A partir dessa análise, os membros do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) observaram que a condição é mais comum entre jovens, principalmente aqueles que vivem em áreas urbanas.
De acordo com dados da CBO Miopia, a prevalência da enfermidade em crianças e adolescentes é de 1,06% em comunidades rurais. Já nas grandes cidades, essa estimativa pode chegar a 20,4%. O estudiosos, então, se buscar entender melhor o fenômeno. Para isso, eles estudaram diferentes períodos de confinamento, como a pandemia de COVID-19.
Dessa forma, foi possível constatar que, à época, os casos de miopia cresceram ainda mais. Com mais evidências reunidas, os cientistas associaram esse aumento à menor exposição ao sol, bem como à redução da prática de atividades na natureza.
Além disso, segundo a pesquisa, em jovens, os diagnósticos estão relacionados ao uso excessivo de telas e ao hábito de ler em ambientes fechados. Por isso, a recomendação é passar ao menos 40 minutos diários ao ar livre para prevenir a condição. O estudo ressalta, contudo, que, apesar dos fatores ambientais terem um peso significativo, os fatores genéticos ainda são a principal causa da doença.
“Especialistas defendem políticas públicas que incluam triagem visual em escolas, campanhas educativas sobre atividades externas desde a infância e orientações claras às famílias sobre a importância das consultas oftalmológicas regulares”, destacou o conselho.
