Terapia sonora: o poder da música e das frequências para curar a ansiedade e turbinar a produtividade
Bons Fluidos

O som é uma das formas mais diretas de comunicação com o nosso cérebro. A música e as frequências sonoras não são apenas entretenimento. Elas são capazes de alterar o nosso estado emocional e cognitivo quase que instantaneamente. Em um mundo de ruído constante, o uso estratégico da Terapia Sonora pode silenciar a ruminação mental, reduzir o estresse e a ansiedade, e aumentar a capacidade de foco para a produtividade.
Principais benefícios
A eficácia da música reside em sua capacidade de liberar dopamina (o neurotransmissor do prazer e da motivação) no sistema de recompensa do cérebro, enquanto o ritmo pode sincronizar o batimento cardíaco e a respiração. Já o uso de sons previsíveis, como o ruído branco ou o ruído marrom, atua mascarando os ruídos ambientais imprevisíveis (conversas, alarmes), que são os grandes disruptores do foco.
A terapeuta Patricia Diogo, da Awake Health, detalhou mais sobre seus benefícios: “É muito bom para a ansiedade, síndrome do pânico, foco e congnição. Aumenta nossa criatividade, proporciona uma melhoria no nosso sistema imune, atua na nossa hipófise, que é a glândula mestre. É despejado um verdadeiro coquetel de hormônios positivos, como TEA, GABA, melatonina, serotonina. Ela é muito boa também para alinhar os chakras. E chakras alinhados significa fluxo de energia, ou seja, saúde. Também limpa os traumas que possamos ter no inconsciente. É como se fosse um banho de cachoeira”.
Sons estratégicos para diferentes estados mentais
1. Para foco e produtividade (frequências beta e ruído)
Use música instrumental sem letra (clássica, música ambiente, trilhas sonoras épicas) ou ruído branco/marrom. O ruído branco (som de estática ou cachoeira) ajuda a criar uma “tela sonora” previsível que impede o cérebro de se distrair com ruídos externos, liberando o córtex pré-frontal para o foco intenso. Frequências beta (acima de 12 Hz) são ideais para o raciocínio lógico e a atenção.
2. Para redução da ansiedade e relaxamento (frequências alfa)
Ouça música calma, com ritmos lentos, sons da natureza (chuva, ondas) ou frequências alfa (8-12 Hz). Elas promovem a atividade de ondas cerebrais associadas à calma e ao relaxamento consciente. A música com ritmo lento pode reduzir a frequência cardíaca e os níveis de cortisol, acalmando o sistema nervoso.
3. Para criatividade e meditação (frequências theta)
Use músicas com pouca estrutura ou frequências theta (4-8 Hz), que são as frequências do sonho REM e da meditação profunda. O estado theta é associado à criatividade e ao pensamento introspectivo, pois permite que o cérebro faça conexões inovadoras.
Dicas para integrar a Terapia Sonora
- Use fones de ouvido: para obter o benefício total das frequências binaurais (que exigem uma diferença de som entre os ouvidos) e para criar uma barreira física contra o ruído ambiente;
- Mantenha o volume baixo: o som deve ser um apoio, não um distrator. Mantenha o volume em um nível que mascare o ruído ambiente, mas que permita que sua mente se concentre na tarefa;
- Teste os tipos: descubra quais sons e ritmos funcionam melhor para o seu estado mental. O que acalma um pode agitar outro.
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