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Uso prolongado de melatonina aumenta risco de insuficiência cardíaca, diz estudo
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Uso prolongado de melatonina aumenta risco de insuficiência cardíaca, diz estudo

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Bons Fluidos
03/11/2025 18h51
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O que antes era visto como um suplemento natural e inofensivo para melhorar o sono, agora, acende um alerta entre especialistas. Um novo estudo apresentado pela American Heart Association revelou que o uso prolongado da melatonina, hormônio responsável por regular o sono, pode estar associado a um risco maior de insuficiência cardíaca e até de morte por causas diversas em pessoas com insônia.

Um hábito aparentemente inofensivo

O corpo produz melatonina naturalmente pela glândula pineal, no centro do cérebro. Ela tem a função de avisar ao corpo que chegou a hora de dormir. Com o cair da noite, seus níveis aumentam; com a luz, diminuem. Por isso, a substância é conhecida como o “hormônio do sono”.

Em sua forma sintética, a melatonina existe em comprimidos e utilizada por quem sofre com insônia, jet lag ou dificuldades para manter o ritmo natural do sono. Também recomenda-se em casos específicos, como transtorno do espectro autista (TEA), deficiência visual e distúrbios do ritmo circadiano. Nessas condições, o ciclo de sono e vigília está desregulado.

O que o novo estudo descobriu

Pesquisadores analisaram cinco anos de registros médicos de mais de 130 mil adultos com insônia, sendo que metade fazia uso contínuo de melatonina há pelo menos um ano. O resultado surpreendeu: usuários de melatonina por mais de 12 meses apresentaram 90% mais chances de desenvolver insuficiência cardíaca em comparação com quem não tomava o hormônio. Eles também tiveram 3,5 vezes mais risco de hospitalização por problemas cardíacos, além de quase o dobro de risco de morte por qualquer causa.

Isso mostra que os suplementos de melatonina podem não ser tão inofensivos quanto se supõe. Mas embora os resultados levantem preocupações, os pesquisadores ressaltam que o estudo não comprova uma relação de causa e efeito. Na verdade, ele aponta para a necessidade de novas pesquisas sobre a segurança do uso prolongado do hormônio.

Como a melatonina age no corpo

Mais do que induzir o sono, a melatonina regula uma série de funções fisiológicas. Ela influencia o metabolismo, o sistema cardiovascular, o equilíbrio hormonal, o sistema imunológico e até o humor. Entretanto, a produção natural do hormônio diminui com a idade, e fatores como o uso de eletrônicos à noite (especialmente por causa da luz azul das telas) podem bloquear sua liberação. É por isso que muitos recorrem à versão sintética – mas o uso sem acompanhamento médico pode ter consequências indesejadas.

Efeitos colaterais do uso sem orientação

Especialistas alertam que, embora a melatonina tenha a venda livre, seu uso deve ter supervisão. Altas doses ou uso prolongado podem causar sintomas como: sonolência diurna, tontura, dor de cabeça, náuseas, fadiga e falta de concentração.

A mensagem dos pesquisadores é clara. O equilíbrio do sono deve vir do cuidado com o corpo e com os hábitos diários, e não apenas de suplementos. Enquanto isso, o melhor caminho é a moderação e o acompanhamento médico para garantir que o hormônio do descanso não se torne, com o tempo, uma ameaça silenciosa à saúde.

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