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Tratar bebê reborn como filho é saudável? Psicóloga responde e faz alerta grave
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Tratar bebê reborn como filho é saudável? Psicóloga responde e faz alerta grave

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Caras
07/05/2025 18h25
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©Reprodução/Instagram
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Os bebês reborn, bonecos hiper-realistas que simulam recém-nascidos, voltaram ao centro das atenções nas redes sociais. Rotinas com os bonecos, como se fossem filhos de verdade, têm viralizado e gerado críticas. Até a influenciadora Gracyanne Barbosa entrou na onda e apresentou seu ‘filho reborn’ ao público. Mas especialistas acendem o alerta: qual é o impacto psicológico de tratar bonecos como crianças reais?

A CARAS Brasil conversou com a psicóloga Leticia de Oliveira, que fez um alerta sobre os riscos dessa prática e como ela pode revelar problemas mais profundos.

Tratar bebês reborn como filhos é saudável?

Segundo a especialista, não há benefício psicológico em tratar um boneco como humano. "De forma alguma. A humanização de um boneco demonstra diversas questões emocionais e psíquicas, revelando uma carência emocional significativa e uma possível frustração existencial", afirma Leticia.

Ela explica que essa atitude pode indicar dificuldades na interação social, isolamento, necessidade de controle ou até depressão profunda.

"A necessidade de direcionar energia para um objeto inanimado e tratá-lo como humano pode indicar dificuldades na interação com outras pessoas... Isso evidencia uma dificuldade em viver no mundo real e lidar com pessoas reais", afirmou Leticia.

Há relação com transtornos mentais?

Leticia é clara: há risco de transtornos psiquiátricos quando a pessoa perde o senso de realidade. "Se a pessoa acredita e trata o bebê como se estivesse vivo, podemos considerar a possibilidade de um transtorno psiquiátrico, um transtorno de personalidade ou esquizofrenia."

Mesmo nos casos em que a mulher tem consciência de que o boneco não é real, o apego excessivo pode indicar desestrutura emocional, luto mal resolvido, fobia social ou depressão. "Indica, portanto, uma dificuldade em se encontrar, em ter identidade e foco."

Bebê reborn pode ser ferramenta emocional?

A psicóloga reconhece que, em momentos de dor, algumas pessoas usam os bonecos como forma de consolo emocional. Mas ela faz um alerta: "Pode funcionar como uma estratégia emocional para mães que perderam seus filhos, mas é algo delicado."

Para ela, esse tipo de vínculo pode se tornar uma projeção de sentimentos, falas e expectativas irreais. "Pessoas em fases complicadas frequentemente procuram leitores de tarô ou videntes, pagando por respostas. Portanto, pode ser pontualmente uma estratégia, mas eu considero, no mínimo, arriscada para a integridade psíquica dessa pessoa."

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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