O que causou o câncer de Preta Gil? Médicos analisam primeiros indícios

Márcia Piovesan








A cantora Preta Gil faleceu neste domingo, 20, aos 50 anos após uma longa batalha contra o câncer colorretal. A famosa descobriu o diagnóstico em janeiro de 2023 e, desde então, vinha lutando conta a doença com tratamentos intensivos fora do país. Mas como a doença começou?
Quais são os fatores de risco?
Segundo as médicas oncologistas Bruna Bighetti e Michelle Samora, o principal fator de risco é o histórico familiar de câncer colorretal ou de síndromes genéticas hereditárias: “Como [por exemplo] a polipose adenomatosa familiar e a síndrome de Lynch. Além disso, doenças inflamatórias intestinais, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn, também elevam o risco”.
Elas ainda salientam que fatores ligados ao estilo de vida também podem influenciar o câncer colorretal: “Dietas pobres em fibras e ricas
em carnes processadas ou vermelhas, sedentarismo, obesidade, consumo excessivo de álcool e tabagismo são hábitos que aumentam a chance de desenvolver o câncer colorretal, mesmo em pessoas jovens”.
Como se desenvolve?
Ainda em entrevista ao Portal Marcia Piovesan, o médico oncologista Murillo Pimentel Utrini explica como o câncer começa a se desenvolver: “O câncer de cólon é o tipo mais comum do aparelho digestivo e, geralmente, se desenvolve a partir de pólipos (semelhantes a verrugas) que surgem na mucosa intestinal. Esses pólipos podem evoluir lentamente até se transformarem em tumores invasivos e metastáticos”.
Como identificar?
O cirurgião pontua que a melhor forma de identificar a doença é fazendo exames de colonoscopia com frequência: “Especialmente a partir dos 45 anos, ou dos 40 anos para pessoas com histórico familiar da doença, como foi o caso da Preta Gil”.
Os primeiros sintomas
Bighetti e Samora citam que os sintomas mais comuns são “sangramentos nas fezes, mudanças no hábito intestinal e dores
abdominais persistentes”. Por isso, é importante se manter atento, ir regularmente no médico e fazer os exames de rotina. Quanto mais rápido o diagnostico, maiores as chances de cura!



